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Lacen RS analisa mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose

[Foto: Ilustrativa / Mauricio Tonetto / Secom]

O Laboratório Central (Lacen) do Rio Grande do Sul está analisando mais de 800 amostras de casos suspeitos de leptospirose. A Secretaria de Saúde do estado informou o monitoramento do aumento de casos suspeitos, que estão associados às enchentes e ao consequente aumento da exposição da população à doença.

O Lacen utiliza dois testes para diagnosticar a leptospirose:

  1. RT-PCR (Teste de Biologia Molecular):
    • Detecta a bactéria no organismo do paciente.
    • Indicado para amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas, até sete dias após o início dos sintomas.
  2. Teste Diagnóstico Sorológico:
    • Detecta o anticorpo produzido pelo organismo em resposta à infecção.
    • Indicado para amostras de pacientes com sintomas há sete dias ou mais.

“A realização dos exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente, e de forma gratuita”, ressalta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. 

Casos de leptospirose no estado

Segundo informações do governo estadual, até a última quinta-feira (23/05), o Rio Grande do Sul registrava:

  • 1.072 notificações de leptospirose.
  • 54 casos confirmados.
  • 4 mortes confirmadas.
  • 4 óbitos em investigação.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos. A infecção pode ocorrer através de lesões na pele ou mucosas, ou mesmo em pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada.

Os principais sintomas são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Fraqueza
  • Dores no corpo, especialmente nas panturrilhas
  • Calafrios

Os sintomas podem aparecer entre 1 e 30 dias após a exposição.

“Ao apresentar os sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar a exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento”, informou a pasta.

Mortes do leptospirose no estado

Na sexta-feira (24/05), a Secretaria de Estado de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS) confirmou mais duas mortes por leptospirose decorrentes das recentes enchentes no estado. As vítimas são dois homens, de 56 e 50 anos, moradores de Cachoeirinha e Porto Alegre, respectivamente. As mortes ocorreram em 18 e 19 de maio, e foram confirmadas pelo Laboratório Central (Lacen) do estado. Em todo o estado gaúcho já foram notificados 1.140 casos de leptospirose.

Com esses casos, o número total de óbitos pela doença ligados às enchentes sobe para quatro, incluindo casos anteriores em Venâncio Aires e Travesseiro. Além disso, há quatro mortes em investigação nas cidades de Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí. Em maio, o estado já registrou 54 casos confirmados de leptospirose.



*Com informações de Governo do estado do RS

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