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Estudantes criam teste rápido para bebidas adulteradas

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[Foto: Ilustrativa / LensGO]

Um grupo de cinco estudantes da Escola Estadual Mario D’Elia, em Franca, no estado de São Paulo, desenvolveu um protótipo para identificar adulterações em bebidas. Chamado de “Acorda, Cinderela”, o projeto tem como objetivo detectar substâncias utilizadas em crimes, como as associadas ao golpe “boa noite, Cinderela”. A ideia surgiu da estudante Kemily Patrícia Lira, que se inspirou ao utilizar um glicosímetro para monitorar sua hipoglicemia e pensou em criar algo semelhante para identificar adulterações em bebidas.

Com o apoio dos professores Milena Aímola Falqueto e Irineu Zulato, especialistas em biologia e neurociência, os alunos da 2ª série do ensino médio trabalharam ao longo de três meses no desenvolvimento do protótipo. O projeto utiliza alcaloides e outros compostos químicos em uma reação colorimétrica com fita de absorção, permitindo identificar substâncias presentes em bebidas adulteradas.

O protótipo criado pelos estudantes detecta alcaloides, compostos químicos de origem vegetal, presentes em substâncias que afetam o sistema nervoso central. Além de já identificar a presença de alcaloides, o grupo planeja aprimorar o kit para que detecte outras substâncias, como benzodiazepínicos, não-benzodiazepínicos e inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS). O diferencial do projeto é o formato de teste rápido, que impede o contato direto com a bebida analisada, garantindo mais segurança ao usuário.

Testes e validação

Entre junho e agosto, os estudantes realizaram 30 testes em seis tipos de bebidas diferentes, aplicando 2 ml de alcaloides em 200 ml de líquido. Durante o processo, eles avaliaram diversos tipos de papel absorvente para garantir a precisão da colorimetria, além de considerar possíveis interferências externas.

Atualmente, o grupo está finalizando um artigo científico detalhando os resultados obtidos nos testes. Paralelamente, estão iniciando o processo de registro de patente da inovação. A expectativa é que o kit possa ser amplamente utilizado, especialmente por jovens em eventos como o carnaval, contribuindo para a segurança da população.

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