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Cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023 contará com aplicação de dose reforço contra Covid-19

[Foto: Aline Souza / GE]

O Ministério da Saúde, divulgou nesta quarta-feira (02/01), o cronograma do Programa Nacional de Imunizações, que terá início no dia 27 de fevereiro com aplicação de doses de reforço bivalente contra a Covid-19 em pessoas que possuam maior risco de desenvolverem formas graves da doença. O objetivo é de retomar os altos índices de proteção da população.

O cronograma incluí também, a intensificação da campanha de vacinação contra a Influenza, a ser realizada antes do inverno, quando as baixas temperaturas podem causar aumento nos casos das doenças respiratórias. Haverá ainda, ações de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas do país.

O Ministério da Saúde lembrou que o Brasil é o país considerado pioneiro em campanhas de vacinação desde 2016, mas que atualmente os números em todo território nacional apresentam retrocesso na cobertura vacinal da população.

Para a Ministra da Saúde, Nisia Trindade, para que seja possível evitar epidemias de doenças é necessário que seja retomada a rotina de vacinação no país.

“Estamos diante de um cenário de baixas coberturas. Foi atacada a confiança da nossa população nas nossas vacinas. É fundamental retomar a rotina de vacinação para evitarmos epidemias de doenças, inclusive, já controladas”, destaca a Ministra.

Segundo o Ministério da Saúde, as etapas do cronograma de vacinação foram organizadas conforme s estoques disponíves e com base, também, nas novas encomendas realizadas pela pasta, assim como dos compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das vacinas.

Em caso de novas solicitações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o cronograma poderá sofrer alterações.

O cronograma foi divido em cinco etapas:

Etapa 1 – a partir de fevereiro
Vacinação contra Covid-19 (reforço com a vacina bivalente)
(estimativa populacional: 52 milhões)

Público-alvo: pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Gestantes e puérperas;
• Pacientes imunocomprometidos;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

Etapa 2 – a partir de março

Intensificação da vacinação contra Covid-19

Público alvo:
• Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – a partir de março

Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes

Público alvo:
• Crianças de 6 meses a 17 anos.

Estratégias e ações:
• Mobilizar a comunidade escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação;

Etapa 4 – a partir de abril
Vacinação de Influenza

Público-alvo:
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Adolescentes em medidas socioeducativas;
• Caminhoneiros e caminhoneiras;
• Crianças de 6 meses a 4 anos;
• Forças Armadas;
• Forças de Segurança e Salvamento;
• Gestantes e puérperas;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com comorbidades;
• População privada de liberdade;
• Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
• Professoras e professores;
• Profissionais de transporte coletivo;
• Profissionais portuários;
• Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
• Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.

Etapa 5 – a partir de maio

Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas

Estratégias e ações:
• Mobilizar a comunidade escolar, com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; reduzir bolsões de não vacinados; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação;

Segundo o Ministério da Saúde, o cronograma foi estabelecido durante várias reuniões, que contaram com a presença de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), técnicos e especialistas da Câmara Técnica de Assessoramento em Imuniação (Ctai), além da Comissão Intergestores Tripatite (CIT).

Foram realizadas, ao longo do mês de janeiro, uma série de reuniões com a participação de outros ministérios, para tratar de assunto relacionados as baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas.

“É importante ressaltar que para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas”.

O Ministério da Educação e os governos estaduais e municipais são parceiros no Ministério da Saúde no Programa Nacional de Vacinação 2023.

A Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, acredita que a comunicação terá papel fundamental no sentido de retomar a confiança da população nas vacinas.

“A gente tem o maior programa de imunização do mundo e sempre fomos exemplo. A comunicação, sem dúvidas, será fundamental para que possamos recuperar a confiança nos imunizantes”, disse a secretária.

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