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Uso da Inteligência Artificial nas Eleições de 2024

As eleições de 2024 apresentam desafios inéditos com a crescente influência da inteligência artificial (IA) no cenário político. Embora as resoluções específicas da Justiça Eleitoral estejam pendentes, a discussão já se intensifica em torno do uso ético e ilegítimo dessa tecnologia.

Um ponto crucial é a detecção e prevenção de deepfakes, manipulações de áudio e vídeo, que podem distorcer discursos, criar eventos fictícios e comprometer a veracidade das informações. A necessidade de investir em tecnologias de detecção é evidente, assim como a importância da educação e conscientização dos eleitores sobre essas ferramentas.

Exemplos recentes no cenário político internacional, como o uso de deepfakes na Argentina, evidenciam a urgência de regulamentações claras. A capacidade de criar conteúdo convincente de maneira fácil por meio da IA destaca a importância de se estabelecer diretrizes que ajudem a combater o uso ilícito das novas ferramentas.

Especialistas destacam que, além dos riscos, há benefícios no uso ético da IA, como produção de conteúdo verdadeiro, planejamento de campanha e análise de dados para estratégias de marketing. A expectativa é que a Justiça Eleitoral aborde o uso ético, não proibindo práticas legítimas e benéficas.

O especialista consultado para esta matéria enfatiza a necessidade de equipes de campanhas dedicarem-se ao uso correto da IA e contarem com pessoal dedicado ao monitoramento online, para identificar rapidamente conteúdos falsos. A resposta imediata à conteúdos falsos (inclusive os criados por IA) é crucial para mitigar danos à imagem do candidato e a resposta somente começa a partir da identificação do conteúdo.

As resoluções da Justiça Eleitoral, previstas para estarem aprovadas até 5 de março de 2024, serão fundamentais para orientar candidatos, equipes de campanha e eleitores sobre o uso ético da IA nas eleições de 2024. Uma recente reunião do ministro Alexandre de Moraes com representantes de plataformas digitais demonstra a necessidade de uma atuação conjunta no combate à desinformação online.

O Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação do TSE, com mais de 150 parceiros, evidencia a importância da colaboração para monitorar notícias falsas, combater a desinformação e capacitar a sociedade na identificação e denúncia de conteúdos enganosos.

À medida que o pleito se aproxima, a discussão sobre o papel da IA nas eleições ganha relevância, ressaltando a importância de regulamentações claras, investimentos em tecnologias, capacitação de equipes para detecção de conteúdo falso e para uso correto da IA e uma atuação coletiva na preservação da integridade do processo democrático.

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