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Inclusão de educação financeira no currículo escolar recebeu apoio de profissionais das áreas de educação e finanças

[Foto: Richard Souza / AN]

Profissionais das áreas de educação e finanças argumentaram a favor da inclusão da educação financeira no currículo escolar durante uma audiência pública realizada pela Comissão de Educação e Cultura (CE) na terça-feira (21/05). A reunião, solicitada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), teve como objetivo debater estratégias para capacitar crianças e jovens a se tornarem adultos conscientes e responsáveis em relação aos seus gastos e investimentos financeiros.

Izalci Lucas ressaltou a gravidade da situação financeira do país, observando que mais de 50% do orçamento nacional é destinado ao pagamento de juros e serviços da dívida. Ele comparou a situação financeira do país com a de indivíduos que frequentemente gastam mais do que recebem, resultando em endividamento e dependência de crédito de emergência, como cheque especial e cartões de crédito.

Durante a audiência, representantes da Associação dos Bancos (Assban), da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, e especialistas jurídicos e educacionais, apresentaram suas opiniões sobre a importância da educação financeira. Eles concordaram que o conhecimento financeiro é crucial para a formação de cidadãos capazes de tomar decisões financeiras informadas e adequadas.

Carminha Porto, presidente-executiva da Assban, destacou que a associação desenvolve projetos de educação financeira para o público escolar desde 2008, atingindo mais de 37 mil alunos. Ela enfatizou a necessidade de tornar a educação financeira obrigatória nos currículos escolares para assegurar que todos os estudantes tenham acesso a esse conhecimento essencial.

Luiz Lesse Moura Santos, vice-presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, e Paulo Roque, jornalista e doutor em Direito, também defenderam a proposta. Santos mencionou os problemas do superendividamento, onde os cidadãos frequentemente buscam novos empréstimos para complementar a renda, resultando em uma “bola de neve” de dívidas. Roque reforçou a importância do planejamento financeiro adequado para evitar problemas futuros.

Representantes das Secretarias de Educação de Goiás e do Distrito Federal participaram remotamente da audiência, reforçando a necessidade de uma abordagem nacional para a educação financeira.

A audiência discutiu o Projeto de Lei (PL) 5.950/2023, de autoria de Izalci Lucas, que propõe a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996) para incluir a educação financeira como tema transversal nos currículos da educação básica. A proposta está sendo analisada pela CE, juntamente com os PLs 2.170/2019 e 5.949/2023, também apresentados pelo senador do DF, sob a relatoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT).

Com informações da Agência Senado.

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