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Brasil tem menor índice de pobreza e extrema pobreza desde 2012

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O Brasil registrou, em 2023, os menores níveis de pobreza e extrema pobreza já medidos pela Síntese de Indicadores Sociais do Instutito Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Entre 2022 e 2023, 3,1 milhões de brasileiros deixaram de ser extremamente pobres, e 8,7 milhões saíram da linha de pobreza no país.

Uma pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (04/12) pelo IBGE, apontou que o Nordeste continua como a região mais afetada, com 47,2% da população vivendo na pobreza e 9,1% na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já o Sul registrou os índices mais baixos, com 14,8% em situação de pobreza e 1,7% em extrema pobreza.

A pesquisa considera a pobreza monetária, que se refere à incapacidade da família de garantir um padrão mínimo de bem-estar devido à falta de recursos financeiros. Para estabelecer os limites, o IBGE adotou os critérios do Banco Mundial, que definem a extrema pobreza como uma renda inferior a US$ 2,15 por pessoa por dia (equivalente a R$ 209 por mês) e a pobreza como uma renda abaixo de US$ 6,85 por pessoa por dia (aproximadamente R$ 665 mensais).

Mulheres, negros e jovens são os grupos mais vulneráveis. Entre as mulheres, 28,4% viviam na pobreza, em comparação a 26,3% dos homens. Na análise por raça, os negros (pretos e pardos) apresentaram os piores índices: 35,5% dos pardos e 30,8% dos pretos eram pobres, enquanto entre os brancos a proporção era de 17,7%. Crianças e adolescentes também enfrentam taxas mais altas de pobreza. Entre os menores de 15 anos, 44,8% estavam nessa condição, e na faixa etária de 15 a 29 anos, o índice chegou a 29,9%.

De acordo com os dados, os benefícios sociais foram essenciais para a redução da pobreza, com destaque para a reedição do Bolsa Família em 2023, que ampliou os valores médios em relação ao Auxílio Brasil de 2022. No grupo de famílias com menor renda, os benefícios sociais representaram 57,1% do rendimento total, superando o trabalho como principal fonte de sustento. Caso os programas de transferência de renda não existissem, a extrema pobreza passaria de 4,4% para 11,2%, e a pobreza, de 27,4% para 32,4%.

O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, manteve-se em 0,518, o menor valor da série histórica iniciada em 2012. Ainda assim, sem os programas sociais, o índice subiria para 0,555, evidenciando o impacto das políticas públicas.

*Com informações de IBGE

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