Ministério da Saúde discute estratégias nacionais de combate às arboviroses
[Foto: Aline Souza / AN]
O Ministério da Saúde promoveu uma reunião com representantes de estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, para discutir a situação das arboviroses na região e alinhar estratégias de prevenção e controle. O encontro, liderado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), aconteceu na segunda-feira (02/12) e destacou a necessidade de reforçar a vigilância, intensificar o combate aos vetores e aprimorar a resposta aos surtos de dengue, zika e chikungunya.
No estado do Rio de Janeiro, o foco das discussões foi a sobrecarga do sistema de saúde em períodos de epidemia. Segundo o ministério, com a alta circulação de vírus, unidades de saúde enfrentam desafios para atender a grande demanda de pacientes. A reunião reforçou a importância de planejar melhor a resposta durante os surtos e adotar medidas para evitar a saturação dos serviços.
Além disso, o uso de larvicidas, a ampliação de exames diagnósticos e o fortalecimento das ações de controle vetorial foram destacados como estratégias essenciais para reduzir a transmissão das arboviroses. Segundo Rivaldo Venâncio Cunha, secretário adjunto da SVSA, é crucial que as iniciativas sejam adaptadas às particularidades de cada estado. “A troca de experiências e a construção de soluções conjuntas são essenciais para enfrentarmos as arboviroses de forma mais eficiente, pois ainda representam uma grande ameaça à saúde pública”, afirmou.
No Espírito Santo, o aumento expressivo de casos colocou o estado em alerta máximo, enquanto Minas Gerais tem investido na ampliação da capacidade diagnóstica e na criação de protocolos para manejo de casos. O modelo de parcerias adotado em Minas, envolvendo universidades, foi citado como referência para outros estados.
Em São Paulo, a reorganização das equipes de saúde foi essencial para lidar com a alta demanda de pacientes durante epidemias. A experiência paulista ressaltou a importância de planejar a distribuição de recursos humanos e materiais em situações emergenciais.
De acordo com a pasta, a implementação de práticas baseadas em evidências científicas e com a melhoria da comunicação entre os níveis de governo. “Fortalecer a vigilância, integrar os diferentes níveis de governo e garantir o apoio técnico e científico são fundamentais para o sucesso das ações de saúde pública. Estamos todos juntos no enfrentamento dessa crise sanitária, e a união de esforços é o que nos permitirá superá-la com mais eficácia e segurança para a população”, concluiu Rivaldo Venâncio Cunha.
*Com informações de Ministério da Saúde