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Brasil já registrou mais de 3 milhões de casos prováveis de dengue em 2024

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[Foto:Raquel Portugal / Fundação Oswaldo Cruz]

O Brasil já registrou, desde o início do ano, um total de 3.062.181 casos prováveis de dengue, conforme divulgado, na quarta-feira (10/04), pelo Ministério da Saúde, por meio do Painel de Monitoramento das Arboviroses. O número representa quase o dobro do total de casos registrados no ano passado, que foi de 1,6 milhão.

Além disso, foram registradas 1.256 mortes por dengue em todo o país desde o início do ano, com outros 1.857 óbitos ainda em fase de investigação.

Em relação aos estados, nove unidades federativas estão com tendência de queda consolidada no número de casos de dengue, incluindo Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.

Por outro lado, Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe permanecem com tendência de aumento no número de casos. Já 13 estados apresentam estabilidade na tendência, incluindo Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Dengue Tipo 3

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) anunciou a confirmação dos primeiros dois casos de dengue tipo 3 descobertos neste ano. Os casos foram identificados em uma mulher de 39 anos, residente em Paraty, na região da Costa Verde, e em uma criança de um ano, de Maricá, na região Metropolitana. Ambos ocorreram no fim de fevereiro, nos dias 25 e 26, respectivamente, e foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pelo Laboratório de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As duas pessoas foram tratadas e estão se recuperando bem.

Os casos serão investigados pelas autoridades municipais para determinar se são autóctones, ou seja, se ocorreram dentro do território, ou se são importados. O sorotipo 3 da dengue não circulava no estado do Rio de Janeiro desde 2007, o que aumenta a parcela da população que nunca teve contato com esse vírus. Segundo estimativas da SES-RJ, aproximadamente 4,8 milhões de pessoas estariam vulneráveis a esse sorotipo.

São Paulo

A prefeitura de São Paulo informou, que a partir desta quinta-feira (11/04), irá ampliar a vacinação contra a dengue para todas as crianças de 10 a 14 anos que moram ou estudam na capital, incluindo aquelas da rede privada. As doses serão aplicadas em 471 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, nas AMAs/UBSs integradas, no mesmo horário.

Rio de Janeiro

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro anunciou, na sexta-feira (29/03), o término do estado de emergência de saúde pública devido à doença. Essa decisão vem em resposta à melhora dos indicadores epidemiológicos observada nas últimas semanas.

Desde o início do ano, a pasta vem adotando uma série de medidas para enfrentar a dengue, ampliando estratégias e intensificando a conscientização da população sobre os cuidados necessários para controlar o mosquito transmissor.

O Rio de Janeiro chegou a registrar 2,6 mil casos de dengue por dia, com 500 casos graves que demandaram internação. No entanto, nas últimas semanas, houve uma mudança nesse panorama, com uma queda significativa para 500 casos diários da doença.

Segundo a Prefeitura do Rio, mesmo com números alarmantes, esta foi a epidemia com a menor taxa de letalidade já registrada na cidade, contabilizando apenas sete óbitos.

OPAS

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) declarou, na quinta-feira (28/04), que os casos de dengue estão em alta nas Américas. Segundo a organização, houve um aumento significativo nos primeiros meses de 2024, ultrapassando os registros do mesmo período de 2023.

“Isso é motivo de preocupação, pois representa três vezes mais casos do que os relatados na mesma data em 2023, um ano recorde com mais de 4,5 milhões de casos relatados na região”, disse o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa, durante coletiva de imprensa.

Os países mais afetados são Brasil, com 83% dos casos, Argentina, com 3,7%, e Paraguai, com 5,3%. Segundo autoridades da Opas, este é provavelmente o pior surto da história já registrado nas Américas para uma doença transmitida por mosquitos.

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