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Boletim InfoGripe Fiocruz alerta sobre internações por SRAG e destaca medidas preventivas

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[Foto: Raul Santana / Acervo Casa Oswaldo Cruz]

O Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (16/05), reforçou o alerta para as internações relacionadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente devido à influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), que ainda estão em ascensão em várias partes do Brasil. Porém, houve interrupção do crescimento das SRAG causadas por essas doenças em alguns estados. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 19, de 5 a 11 de maio.

O pesquisador Marcelo Gomes, do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, ressaltou a importância da vacinação contra a influenza A e do uso de máscaras adequadas, especialmente para os moradores do Rio Grande do Sul. Ele alertou que, com a queda das temperaturas na região, os quadros respiratórios podem se agravar, tornando essas medidas preventivas fundamentais.

O Boletim destacou a circulação expressiva do VSR entre as crianças pequenas, enquanto influenza A e Covid-19 prevalecem entre os idosos. A prevalência de vírus respiratórios nos últimos registros foi de influenza A (27,6%), influenza B (0,2%), VSR (56,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (5,1%).

A publicação aponta que 16 estados apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo:

  • Acre,
  • Alagoas,
  • Amazonas,
  • Amapá,
  • Maranhão,
  • Mato Grosso,
  • Mato Grosso do Sul,
  • Paraíba,
  • Paraná,
  • Pernambuco,
  • Rio Grande do Norte,
  • Rio de Janeiro,
  • Rondônia,
  • Santa Catarina,
  • Sergipe e
  • Tocantins.

Além disso, 15 capitais apresentam indícios de aumento de SRAG:

  • Aracaju (SE),
  • Boa Vista (RR),
  • Campo Grande (MS),
  • Cuiabá (MT),
  • Florianópolis (SC),
  • João Pessoa (PB),
  • Macapá (AP),
  • Maceió (AL),
  • Manaus (AM),
  • Natal (RN),
  • Porto Velho (RO),
  • Recife (PE),
  • Rio Branco (AC),
  • Rio de Janeiro (RJ) e
  • São Luís (MA).

Rio Grande do Sul

O estudo apresentado nesta quinta-feira (16/05), também apresentou a dificuldade de registro de dados das semanas recentes no Rio Grande do Sul, devido aos eventos climáticos extremos e problemas na digitação de casos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

No entanto, em relação ao estado gaúcho, o pesquisador destacou o aumento no ritmo de crescimento das internações por infecções respiratórias, principalmente influenza A e VSR, nas últimas semanas epidemiológicas. Ele enfatizou a necessidade do uso de máscaras para quem apresentar sintomas e a implementação de distanciamento social nos abrigos, onde muitas pessoas estão vivendo em condições vulneráveis devido aos desastres climáticos.

“Ainda mais agora em que o estado está com muitas pessoas em abrigos, vivendo em condições bastante particulares, é importante a gente conscientizar especialmente sobre o uso de máscaras para quem está com sintomas. Além disso, é importante, nos locais em que for possível fazer isso, implementar algum nível de distanciamento dos infectados e dos sintomáticos, o que pode ajudar a pelo menos reduzir a propagação de vírus respiratórios nesses locais, até porque as temperaturas estão caindo, então é uma situação muito propícia para a propagação desses vírus, infelizmente. Diante desse cenário, é óbvio, também é fundamental que o grupo de risco esteja em dia com as vacinas contra a gripe e contra a Covid-19”, disse o Marcelo Gomes.

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