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Arrecadação federal em março atinge níveis mais altos em duas décadas

[Foto: Richard Souza / AN]

O Ministério da Fazenda informou, nesta quarta-feira (23/04), que a arrecadação total de receitas federais fechou março em R$ 190,61 bilhões, o que representa um aumento real de 7,22% em comparação com o mesmo período de 2023. Esse é o melhor desempenho para o mês desde 2000.

No acumulado de janeiro a março, a arrecadação atingiu a marca de R$ 657,76 bilhões, registrando um incremento de 8,36% quando ajustado pela inflação.

Em relação às Receitas Administradas pela Receita Federal, o montante arrecadado em março foi de R$ 182,87 bilhões, representando um acréscimo real de 6,06%. No período acumulado de janeiro a março, a arrecadação chegou a R$ 624,77 bilhões, com um aumento real de 8,11%.

De acordo com o Ministério da Fazenda, esse crescimento pode ser explicado, em parte, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e pela tributação dos fundos exclusivos, conforme previsto na Lei 14.754, de dezembro de 2023.

No que diz respeito ao PIS/Pasep e à Cofins, houve uma arrecadação conjunta de R$ 40,92 bilhões em março, representando um aumento real de 20,63%. Esse desempenho é atribuído ao aumento na arrecadação no setor de combustíveis, com a retomada da tributação sobre o diesel e a gasolina, e pelos aumentos reais no volume de vendas e serviços, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No primeiro trimestre, o PIS/Pasep e a Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 124,53 bilhões, com um crescimento real de 18,54%. No mesmo período, a Receita Previdenciária atingiu R$ 157,93 bilhões, registrando um crescimento real de 6,92%. Esse resultado é impulsionado pelo crescimento da massa salarial e pelo aumento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.

Em março, a Receita Previdenciária alcançou pouco mais de R$ 53 bilhões, com um crescimento real de 8,40%, motivado pelo crescimento real da massa salarial e pelo aumento das compensações tributárias.

Quanto ao Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de capital, o primeiro trimestre registrou uma arrecadação de R$ 35,87 bilhões, com um crescimento real de 40,44%. Esse desempenho é explicado pela arrecadação decorrente da tributação dos fundos de investimento.

Em março, o IRRF sobre rendimentos de capital arrecadou R$ 10,5 bilhões, com um crescimento real de 48,87%, principalmente devido à tributação dos fundos de investimento.

Por fim, o IRRF sobre rendimentos do trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 18 bilhões, com um crescimento real de 3,77%.

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