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Armadilhas fotográficas revelam imagens raras de onça-pintada no Monumento Natural Estadual Serra das Torres

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[Foto: Divulgação / Vale]

Armadilhas fotográficas adquiridas pela Vale e instaladas no Monumento Natural Estadual Serra das Torres (Monast), no estado do Espírito Santo, flagraram imagens de uma onça-pintada. O registro ocorreu entre os meses de fevereiro e maio deste ano e foi capturado por meio dos equipamentos de monitoramento de animais selvagens adquiridos pela Vale, atendendo ao Acordo de Cooperação Técnica estabelecido em 2020 entre a empresa e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

A Unidade de Conservação onde foram registradas as imagens do animal é gerida pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e recebe apoio da Vale por intermédio da Reserva Natural Vale, em Linhares.

Segundo a Vale, o trabalho de monitoramento dos animais no local envolve diferentes instituições, como o Iema, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Universidade de Vila Velha (UVV).

A pesquisadora Carolina Srbek, coordenadora do Projeto Felinos e professora da UVV, ressaltou a importância do registro para o desenvolvimento de estratégias de conservação da espécie.

“Temos uma população vivendo em uma condição limitada hoje no ES, com risco de extinção no médio-longo prazo. Conhecer a origem, o comportamento e as interações ecológicas que esse animal está estabelecendo na região do Monast pode nos ajudar a traçar estratégias para a conservação da espécie, não apenas no estado, mas também em outras porções da Mata Atlântica, onde a situação desse grande predador também é crítica”, afirma Carolina Srbek.

Para a Vale, os monitores ambientais permitem a realização de um trabalho voltado para a conscientização e orientação da comunidade, além da coleta de informações e vestígios sobre a atividade da onça-pintada na área do Monumento.

Guilherme Carneiro, servidor do IEMA e gestor do Monumento Natural Estadual Serra das Torres, destacou a responsabilidade envolvida no aparecimento do animal no território.

“É como se a natureza nos desse uma nova chance de mostrar que melhoramos no convívio com ela e que agora podemos fazer diferente. É motivo de orgulho, mas também de grande responsabilidade termos esses animais nesse território, e a conservação deles não depende apenas dos órgãos ambientais, mas de toda a sociedade”, pontuou o gestor do Monast.

Segundo a Vale, a conservação da onça-pintada necessita de uma abordagem ampla, envolvendo diversos temas, como a conservação das florestas e sua fauna associada, a educação ambiental e a extensão rural.

Confira a materia acima na edição do Gazeta Expressa Kids de 02 de julho:

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