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Ministério da Saúde levará à OMS resolução sobre saúde de indígenas

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[Foto: Walterson Rosa / MS]

O Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, anunciou, nesta segunda-feira (30/01), que o Brasil irá propor, para adoção na próxima Assembléia Mundial da Saúde, uma resolução sobre a saúde dos povos indígenas. A Assembléia ocontecerá em maio de 2023.

O anúncio foi realizado em Genebra, na Suiça, durante a abertura da 152ª sessão do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde.

Segundo o secretário, o desenvolvimento sustentável está atrelado ao direito a saúde e que por “descaso” do Estado, crianças perderam a vida nos últimos quatro anos.

“Cerca de 600 crianças indígenas morreram nos últimos quatro anos por descaso do Estado e falta de políticas públicas. Não há desenvolvimento sustentável e não há direito à saúde numa situação em que crianças morrem por abandono”, disse Carlos Gadelha.

O secretário, ressaltou, ainda o retorno do Brasil ao protagonismo na saúde global, assim como o papel da ciência na atuação do Ministério da Saúde. Gadelha falou também, do compromisso do Governo Federal do Brasil com a produção local e regional dos insumos que visam apoiar o sistema universal de saúde do País, assim como reduzir vulnerabilidades e assimetrias mundias.

“A saúde é uma prioridade do governo do presidente Lula, considerada como uma força motriz do desenvolvimento, por reunir as dimensões social, econômica e ambiental”, declarou o secretário.

Yanomamis

O anúncio ocorre no momento em que o povo Yanomami enfrenta uma crise humanitária.

Equipes do Ministério da Saúde estão na região Yanomami, em Roraima, para prestar assistência para crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos. Atualmente, mais de 30,4 mil habitantes vivem no território indígena Yanomami, considerada a maior reserva indígena do País.

Leia também: Missão de ajuda humanitária na região Yanomami

Em 24 de janeiro, o Ministério da Saúde informou que mais de mil indígenas Yanomami foram resgatados em situação de extrema vulnerabilidade. Os principais problemas de saúde identificados, na região, são: malária e desnutrição.

No dia 27 de janeiro, uma semana após a intervenção na crise de desassistência em saúde dos Yanomamis, o Ministério da Saúde informou que o número de pacientes internadas na Casa de Apoio a Saúde Indígena (CASAI) reduziu para 576. Anteriormente, 777 pessoas estavam internada na unidade.

A Força Aérea Brasileira (FAB) inaugurou, no dia 28 de janeiro, um Hospital de Campanha em Boa Vista (RR). Na unidade, os indígenas recebem atendimentos de ortopedia, clínica médica, cirurgia geral e exames laboratorias.

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