Economia

William Bonner diz que CPF do filho foi usado para receber o Auxílio Emergencial

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William Bonner, afirmou nessa quinta-feira (21) que os dados de um dos seus filhos foi usado por estelionatários para fraudar o programa do Auxilio Emergencial.

O Auxílio Emergencial é um beneficio financeiro pelo prazo de 3 meses, onde trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEI) recebem o valor de R$600,00 com o objetivo de auxilia-los durante o período de enfrentamento à crise do coronavírus no País. Mães solteiras recebem R$1.200,00.

Em redes sociais, o editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, disse que na terça-feira (19), ele foi informado pelo Jornal Meia Hora sobre o suposto registro do filho no programa. Bonner ressaltou ainda que, o filho não solicitou aprovação no programa do Governo Federal e que pelos critérios do programa, alguém que possua as condições sócio-econômicas do filho, não teria direito ao recebimento dos R$600,00 do auxílio emergencial: ” Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente,” disse.

De acordo com Bonner, a cerca de três anos, os dados do filho de 22 anos é usado por estelionatários para praticar fraudes e citou que ao longo desse período, foram abertas empresas e contratação de serviços de TV por assinatura, todos sem o conhecimento do jovem. Sobre o pagamento do auxilio emergencial, o jornalista informou que o fraudador possivelmente abriu uma conta específica da Caixa Econômica para receber o pagamento a qual “obviamente” seu filho não tem acesso, dessa forma não há maneiras para que a família descubra se o valor foi depositado ou sacado da conta.

Bonner chegou a citar uma reportagem publicada nesta quinta-feira (21) que trata da falta de cruzamentos de dados, que possivelmente poderia evitar fraudes como estas.

“Leio no Globo que a Dataprev não verificou na Receita se os CPFs, embora pertencentes a pessoas sem renda própria, eram de dependentes de cidadãos com renda (como filhos, filhas, parceiros, parceiras). Quantos entre esses foram vítimas de fraudadores, como aconteceu com meu filho? Quantos entre esses realmente fraudaram o programa? Meu filho não fraudou, é vítima e pode provar. Não se zelou pela aplicação do dinheiro público? Quem protege os cofres públicos da ação de estelionatários ou de pessoas mal intencionadas?”

William Bonner disse que apresentará uma queixa-crime pela fraude que envolve o nome de seu filho e que espera que os “gestores do auxílio emergencial” apurem de forma imediata a fraude, para que assim possam resguardar o patrimônio publico e também a confiança dos brasileiros nos mecanismos de controle do programa de auxílio.

Leia também: Datas de pagamento da 2ª parcela do Auxílio Emergencial foram divulgadas

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