Relatório da OIT prevê leve queda no desemprego global em 2024
[Foto: Ilustrativa]
Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado neste domingo (02/06), prevê uma ligeira redução nos níveis globais de desemprego para este ano. Segundo a atualização de maio das “Perspectivas sociais e de emprego no mundo”, a taxa de desemprego deverá ficar em 4,9%, uma pequena diminuição em comparação aos 5% registrados no ano passado.
Apesar da queda projetada, a OIT alerta para a persistência de desigualdades nos mercados de trabalho. O relatório destaca que mulheres, especialmente em países de baixa renda, são afetadas de forma desproporcional pela falta de oportunidades de emprego. Nas economias de alta renda, as mulheres recebem em média 73 centavos para cada dólar ganho pelos homens.
Gênero e renda
Em países de baixo rendimento, a disparidade de emprego entre homens e mulheres é considera significativa. A taxa de desemprego para mulheres é de 22,8%, comparada a 15,3% para os homens. Nas economias de alta renda, a taxa é de 9,7% para as mulheres e 7,3% para os homens. A OIT afirma que essas diferenças representam apenas a “ponta do iceberg”, indicando que um número significativamente maior de mulheres está completamente fora do mercado de trabalho.
Responsabilidades familiares são apontadas como um dos principais fatores que explicam a diferença nas taxas de emprego entre homens e mulheres. Globalmente, 45,6% das mulheres em idade ativa estão empregadas, em comparação com 69,2% dos homens.
Gilbert Houngbo, diretor-geral da OIT, enfatizou a necessidade de “políticas inclusivas considerando as necessidades de todos os trabalhadores”. Houngbo defende que a inclusão e a justiça social devem estar no centro das políticas e instituições. Sem estas medidas “os objetivos ficarão aquém “de garantir um desenvolvimento forte e inclusivo.”
Pobreza e informalidade
Os avanços na redução da pobreza e da informalidade desaceleraram em comparação com a última década, de acordo com a OIT. O número de trabalhadores informais aumentou de cerca de 1,7 bilhões em 2005 para 2 bilhões em 2024. A Organização ressaltou que, para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é necessário “uma abordagem abrangente” para reduzir a pobreza e a desigualdade.
*Com informações de OIT