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Presidente Lula se solidariza com Vinicius Junior após ataque racista durante jogo na Espanha

[Foto: Roque de Sá / Agência Senado]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com o jogador Vinicius Junior. Vini Jr, como é conhecido pela torcida, foi alvo de ataques racistas durante um jogo disputado pelo campeonato espanhol no domingo (22/05).

” solidariedade ao jogador brasileiro. Não é justo que um menino pobre, que venceu na vida, que está se tornando possivelmente um dos melhores jogadores do mundo, certamente do Real Madrid ele é o melhor, é ofendido em cada estádio que ele comparece. […] Não podemos permitir que o fascismo tome conta e o racismo dentro do estádio de futebol”, disse o presidente.

A declaração de Lula ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada no Japão. O presidente viajou ao país como convidado para a cúpula do G7, que reúne as economias avançadas do mundo.

O presidente também publicou em rede social uma mensagem de apoio ao jogador e disse esperar que a Fifa e demais entidades tomem providencias, afimd e evitar novos casos de racismo.

“Queria fazer um gesto de solidariedade ao @vinijr, um jovem que certamente é o melhor jogador do Real Madrid, e que sofre repetidas ofensas. Espero que a Fifa e outras entidades tomem providências, para não deixar que o racismo tome conta do futebol”, publicou o presidente.

Racismo nos campos

O episódio de racismo contra o jogador aconteceu durante a partida entre Valencia e Real Madrid, válida pelo Campeonato Espanhol. Vinicius Junior foi chamado de “macaco” por parte da torcida presente no estádio Mestalla, no domingo (21/05). Além disso, Vini Jr foi expulso do campo nos acréscimos da partida. Os insultos racistas aconteceram quando o jogador reclamou após ser atrapalhado em uma jogada com a bola em campo.

Após o jogo, que resultou na vitória do Valencia por 1 a 0, o jogador publicou uma story em seu Instagram, afirmando que a “recompensa que os racistas ganharam” foi a sua expulsão. Vini Jr fez referência ainda ao slogan utilizado pela liga espanhola em campanhas publicitárias: “Não é futebol, é LaLiga”.

Logo em seguida, o jogador voltou a se manifestar nas redes sociais, desta vez publicando um texto mais longo e relembrando que essa não foi a primeira vez que ele sofreu ataques racistas em um jogo da LaLiga.

“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é normal na La Liga. A competição acha isso normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje pertence aos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, devido ao que acontece a cada semana, não tenho como discordar. Sou forte e irei lutar contra os racistas até o fim, mesmo que à distância”, declarou o atacante do Real Madrid.

Ministério da Igualdade Racial

Ainda no domingo (22/05), o Ministério da Igualdade Racial informou que notificará as autoridades espanholas e a LaLiga sobre os ataques sofridos por Vini Jr durante a partida.

Segundo a pasta, o governo brasileiro “não tolerará o racismo, seja dentro ou fora do Brasil!”.

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