Polícia Federal prendeu políticos e delegado, suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
[Foto: Arquivo / Richard Souza / GE]
Neste domingo (24/3), a Polícia Federal deflagrou a Operação Murder Inc., em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, no intuito de investigar os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação, realizada na cidade do Rio de Janeiro/RJ, envolveu três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Por determinação do Ministro Alexandre de Moraes, do STF, foram emitidas ordens de prisão preventiva contra Domingos Inácio Brazão, conselheiro do TCE-RJ, João Francisco Inácio Brazão, deputado federal pelo RJ, e Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior, delegado de Polícia Civil. As prisões foram realizadas neste domingo pela Polícia Federal e serão referendadas em sessão virtual da Primeira Turma do STF, marcada para segunda-feira (25).
Os detidos passaram por audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal no Rio, onde suas prisões foram mantidas, e serão transferidos para um presídio federal no Distrito Federal. Além das prisões, foram determinadas outras medidas cautelares, como busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas.
Em nota oficial, o Governo do Estado do Rio de Janeiro declarou acompanhar de perto a operação da Polícia Federal, ressaltando que três delegados da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil acompanharam as diligências. O governo afirmou seu compromisso em apoiar as instituições para o esclarecimento completo do caso, reiterando a determinação em punir exemplarmente qualquer agente público envolvido no crime.
A Corregedoria Geral Unificada será responsável por investigar a conduta dos policiais envolvidos na operação, assegurando que a apuração seja conduzida com rigor e transparência.
A Operação Murder Inc. representa um passo significativo no desfecho do caso Marielle Franco e Anderson Gomes, contribuindo para o enfrentamento do crime organizado no estado do Rio de Janeiro.
