Saúde

Ministério da Saúde confirma caso autóctone de cólera em Salvador

Nesta sexta-feira, dia 19 de abril, o Ministério da Saúde confirmou um caso autóctone de cólera na cidade de Salvador. Isso significa que o paciente contraiu a doença dentro da própria cidade, sem ter viajado para outro local.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, o caso foi detectado em um homem de 60 anos, que apresentou sintomas como desconforto abdominal e diarreia aquosa em março de 2024. O paciente havia utilizado antibióticos duas semanas antes, para o tratamento de outra doença. Os exames laboratoriais revelaram que a bactéria causadora da doença foi o Vibrio cholerae O1 Ogawa.

O Ministério da Saúde ressaltou que se trata de um caso isolado, pois não foram identificados outros registros após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais, em contato com as pessoas que estiveram próximas ao paciente.

O período de transmissão da cólera é de um a dez dias após a infecção. No entanto, para fins de investigação epidemiológica no Brasil, é adotado um período de até 20 dias por margem de segurança. Portanto, segundo informações do Ministério da Saúde, o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.

Casos

Os casos autóctones de cólera no Brasil têm sido raros nos últimos anos, com o último registro ocorrendo em Pernambuco nos anos de 2004 e 2005, com 21 e cinco casos confirmados, respectivamente. Desde então, não houve mais casos autóctones, apenas importados, como um notificado no Distrito Federal (2006), um em São Paulo (2011), um no Rio Grande do Sul (2016) e outro no Rio Grande do Norte (2018).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de janeiro a março de 2024, 31 países apresentaram casos ou surtos de cólera. A região africana foi a mais afetada, com 18 países registrando surtos. Nas Américas, os surtos foram declarados apenas no Haiti e na República Dominicana.

error: Não é possível copiar.