Meio AmbienteRio de Janeiro

Macaé inicia estudo técnico para combater erosão costeira

A prefeitura de Macaé, no norte do estado do Rio de Janeiro, firmou, nesta segunda-feira (20/05), parceria com o Instituto Politécnico e o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para realização de um estudo técnico e ambiental sobre a erosão costeira que afeta o município. Coordenado pelo professor Irnak Barbosa, o estudo conta com o acompanhamento do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

A situação da erosão se agravou no último domingo (19/05) devido à ressaca do mar na praia Barra de Macaé, no bairro Fronteira. Segundo a Prefeitura de Macaé, ondas de quase 3 metros provocaram o desabamento de dois imóveis e danificaram outros três, derrubaram cinco postes e destruíram a pista da orla, levando à sua interdição. Sete pessoas ficaram desabrigadas e 180 desalojadas, enquanto 60 imóveis foram interditados pela Defesa Civil. As famílias afetadas estão sendo cadastradas para receber aluguel social de até R$ 990.

O prefeito Welberth Rezende destacou que o estudo visa criar um projeto de infraestrutura para conter a erosão e garantir a segurança da população local.

“Estamos comprometidos em realizar um projeto de infraestrutura baseado em um estudo técnico que nos apresente solução definitiva para garantir a segurança dos moradores da Fronteira. Medidas paliativas não permitem mais proteger as famílias que residem próximo à orla. A nossa proposta é buscar, no conhecimento e na pesquisa, a intervenção que pretende acabar com os riscos”, afirmou o prefeito.

O geógrafo marinho Eduardo Bulhões, da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi convidado para participar do estudo. Segundo ele, a proximidade da região com a foz do Rio Macaé e a ocupação indevida dos terrenos próximos à linha d’água contribuem para a instabilidade da área. “Há muitos anos, já existia um problema de erosão. Obras emergenciais anteriores, como a colocação de blocos de rocha, não foram suficientes para impedir a vulnerabilidade da área”, explicou Bulhões.

A prioridade imediata da Defesa Civil, conforme o secretário Joséferson de Jesus, é remover as famílias das áreas atingidas e daquelas previamente danificadas e reocupadas.

“Nossas ações imediatas foram retirar essas pessoas dessa área sensível e, em seguida, agilizar os serviços para alocá-las em aluguel emergencial. Outro ponto é efetivar o contrato do estudo técnico para a solução definitiva do bairro Fronteira. As equipes continuam vistoriando os imóveis para garantir que essas famílias não retornem às áreas interditadas. Além disso, com o processo de abertura do aluguel emergencial, esses desalojados assinam o Termo de Autorização de Demolição (TAD) dos imóveis”, explicou o secretário adjunto.

*Com informações de Prefeitura de Macaé

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