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Leptospirose já matou 13 pessoas no Rio Grande do Sul após temporais e cheias

[Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini]

O número de mortes causadas por leptospirose no Rio Grande do Sul aumentou para 13, conforme confirmado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) nesta terça-feira (04/06).

Dos 3.658 casos notificados, 242 foram confirmados. Além disso, há sete óbitos em investigação e cinco casos foram descartados. As mortes confirmadas ocorreram em diversas cidades: Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão, Novo Hamburgo e Porto Alegre, que registrou dois óbitos.

Análise de casos

O Laboratório Central (Lacen) do Rio Grande do Sul está analisando amostras de casos suspeitos de leptospirose. A Secretaria de Saúde do estado informou o monitoramento do aumento de casos suspeitos, que estão associados às enchentes e ao consequente aumento da exposição da população à doença.

O Lacen utiliza dois testes para diagnosticar a leptospirose:

  1. RT-PCR (Teste de Biologia Molecular):
    • Detecta a bactéria no organismo do paciente.
    • Indicado para amostras coletadas nos primeiros dias de sintomas, até sete dias após o início dos sintomas.
  2. Teste Diagnóstico Sorológico:
    • Detecta o anticorpo produzido pelo organismo em resposta à infecção.
    • Indicado para amostras de pacientes com sintomas há sete dias ou mais.

“A realização dos exames está disponível para todos os casos considerados suspeitos e que tiveram exposição à enchente, e de forma gratuita”, ressalta a chefe do Lacen/RS, Loeci Natalina Timm. 

Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos. A infecção pode ocorrer através de lesões na pele ou mucosas, ou mesmo em pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada.

Os principais sintomas são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Fraqueza
  • Dores no corpo, especialmente nas panturrilhas
  • Calafrios

Os sintomas podem aparecer entre 1 e 30 dias após a exposição.

“Ao apresentar os sintomas, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar a exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas. Não é necessário aguardar o diagnóstico laboratorial para o início do tratamento”, informou a SES-RS.

*Com informações de SES-RS

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