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Jornalista brasileira é acusada de se passar por advogada de imigração e fraudar clientes, nos EUA

[Foto: Richard Souza / AN]

O FBI (Federal Bureau of Investigation), dos Estados Unidos, divulgou um comunicado informando que a jornalista brasileira Patricia De Oliveira Souza Lelis Bolin, mais conhecida como Patricia Lelis, foi indiciada com acusação de ter supostamente se passado por uma advogada de imigração e fraudado seus clientes em aproximadamente US$700,000 (o equivalente a aproximadamente R$ 3.449.040,00, pela cotação do momento de publicação desta matéria).

Segundo o indiciamento, Patricia Lelis, de 29 anos e residente em Arlington, teria se apresentado como uma advogada capaz de ajudar clientes estrangeiros a obter vistos E-2 e EB-5 para os Estados Unidos. O programa EB-5 oferece residência permanente e possibilidade de cidadania se um estrangeiro investir fundos substanciais, geralmente um mínimo de US$1 milhão, em empresas nos EUA que criem empregos.

O indiciamento alega que, em setembro de 2021, Patricia Lelis teria enviado um contrato de honorários legais a uma vítima para auxiliar na obtenção de vistos EB-5 para os pais da vítima. A vítima teria feito dois pagamentos iniciais totalizando mais de US$135,000, com base na suposta informação de que o dinheiro seria destinado a um projeto imobiliário no Texas qualificado para o programa EB-5. No entanto, o dinheiro da vítima teria sido transferido para a conta bancária pessoal de Patricia Lelis, que teria utilizado os fundos para a entrada de sua casa em Arlington, reformas no banheiro e outros gastos pessoais, incluindo dívidas de cartão de crédito.

Patricia Lelis enfrenta acusações de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Se condenada por fraude eletrônica, ela pode enfrentar uma pena máxima de 20 anos de prisão, 10 anos por transações monetárias ilegais e uma pena obrigatória mínima de dois anos adicionais de prisão por roubo de identidade agravado. As sentenças realmente aplicadas, em caso de condenação podem ser menores que as penalidades máximas.

Até o momento da publicação do comunicado à imprensa pelo FBI, Patricia Lelis não estava sob custódia das autoridades e seu paradeiro era desconhecido pelo órgão, que solicitava ao público informações pelo telefone (202) 278-2000, pela linha direta do FBI pelo 1-800-CALL-FBI (1-800-225-5324) ou pelo formulário eletrônico de dicas do FBI em https://tips.fbi.gov.

Jessica D. Aber, Procuradora dos EUA para o Distrito Oriental da Virgínia, e David Geist, Agente Especial Interino Encarregado da Divisão Criminal do FBI em Washington, fizeram o anúncio e os procuradores assistentes dos EUA Russell Carlberg e Drew Bradylyons estão conduzindo o caso.

O comunicado divulgado pelo FBI alerta que um indiciamento é apenas uma acusação, sendo o réu presumido inocente até que seja provado culpado.

A versão da Patrícia Lélis:

Em rede socias Patrícia Lélis comentou as acusações. Ela publicou:

Reprodução do conteúdo publicado em https://twitter.com/lelispatricia/status/1746979820255465492.

Atualização às 21:02:

A publicação citada anteriormente nesta matéria foi excluída, sendo feita nova publicação em seguida, que pode ser conferida abaixo. Na nova publicação Patricia Lelis voltou a afirmar estar em outro país, declarou que está sendo representada por um dos melhores advogados do país e criticou o uso da internet como se tribunal fosse.

E também publicou:

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