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Equipe da Vigilância Sanitária encontra sede da fabricante de pomada investigada vazia

[Foto: Divulgação/ Governo do Estado do Rio de Janeiro]

Uma equipe da Vigilância Sanitária do estado do Rio de Janeiro, esteve, nesta quarta-feira (11/01), no endereço da fábrica da empresa Microfarma Indústria e Comércio LTDA, responsável pela fabricação da pomada utilizada para trançar cabelos, que está sendo investigada por eventos adversos em mais de 150 pessoas.

De acordo com os fiscais, o endereço, fornecido na embalagem do coméstico, a Cassu Braids Cassulinha, estava abandonado e não havia índicio de nenhuma atividade no local. A ação tinha como principal objetivo de apreender todos os produtos fabricados pela empresa. Os técnicos da SES-RJ irão enviar um ofício para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com os dados.

Vigilância Sanitária do estado do RJ determina apreensão do produto

A Vigilância Estadual do Rio de Janeiro, determinou na, segunda-feira (09/01), a apreensão dos produtos da empresa Microfarma, responsável pela fabricação da pomada de cabelo que causou reações adversas em mais de 150 pessoas.

A Portaria 143 da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Pimária da Secretaria de Estado de Saúde (SES), também proibiu a comercialização da Cassu Braids Cassulinha em todo o estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o Secretário de estado de Saúde, Dr. Luizinho, a licença de funcionamento da empresa está cancelada desde 2016: “Atuamos de forma ágil na comunicação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Vigilância Sanitária do município do Rio de Janeiro para proibir a comercialização do produto que estava provocando problemas à saúde da população. Outro agravante é que a empresa estava com a licença de funcionamento cancelada desde 2016 e possuía um CNPJ com situação cadastral irregular”, destacou o secretário.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, foram registrados, até o dia 4 de janeiro, nos hospitais da rede municipal de saúde da capital, 153 casos de contaninação pelo produto. A pomada pode provocar intoxicação exógena, causada pelo contato com substâncias químicas que prejudicam o organismo, devido a exposição ocular.

“A medida tem interesse sanitário relevante visando preservar a saúde das pessoas que frequentam salões de beleza. O não cumprimento da portaria configura infração, com sanções previstas na Lei Federal nº634, de 20/08/1977”.

ANVISA suspende produto

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), publicou na sexta-feira (06/01) a Resolução – RE 57, determinando a suspensão da comercialização, fabricação, uso, propaganda e publicidade de todos os produtos (todos os lotes) fabricados pela empresa Microfarma Indústria e Comércio LTDA, especialmente da pomada CASSU BRAIDS CASSULINHA CABELOS, fabricada pela empresa e distribuida pelo Instituto Cassulinha Cabelos Comércio e Serviços LTDA. A resolução pedia, ainda, o recolhimento de todos os produtos.

De acordo com a ANVISA, a ação foi tomada em razão da empresa fabricante não estar devidamente regularizada para a fabricação desse produto e também pelos casos de eventos adversos relatados após o uso da pomada para modelar e trançar cabelos. Os consumidores que utilizaram a pomada relataram irritação nos olhos, pálpebras inchadas e dores oculares. Também houveram relatos de dificuldades para enxergar. Os casos seguem em investigação.

De acordo com a ANVISA, “É importante ressaltar que consta no rótulo do produto a orientação de evitar contato com os olhos e mucosas, bem como a orientação de retirar a pomada do cabelo antes de ir a lugares como piscinas, praias e cachoeiras, para que o produto não escorra sobre os olhos. Entretanto, a empresa fabricante está com CNPJ inapto junto à Receita Federal e com a licença sanitária cancelada desde 2018”.

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