Enchentes no RS: 154 mortos, 94 desaparecidos e 806 feridos
[Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini]
Um boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, às 18h desta sexta-feira (17/05), revelou que o número de óbitos confirmados nas recentes enchentes no estado subiu para 154. As enchentes afetaram 461 municípios gaúchos, deixando 94 pessoas desaparecidas.
Ao todo, 2.304.422 pessoas foram afetadas pelas enchentes, com 540.188 desalojadas e 78.165 em abrigos. Os feridos somam 806, e as equipes de resgate, compostas por profissionais e voluntários, já resgataram 82.666 pessoas e 12.108 animais.
O mutirão de resgate conta com 27.753 pessoas, apoiadas por 4.085 viaturas, 21 aeronaves e 289 embarcações. A orientação da Defesa Civil é que a população verifique se seus nomes constam na lista de desaparecidos e, em caso positivo, procure a Delegacia de Polícia Civil mais próxima para regularização dos dados.
Possibilidade de chuva na próxima semana
O ministro extraordinário para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, informou nesta sexta-feira (17/05) sobre a possibilidade de fortes temporais atingirem o estado ao longo da próxima semana. As previsões indicam chuvas intensas, especialmente entre terça e quinta-feira, com volumes que podem alcançar entre 100 e 150 milímetros em algumas áreas, principalmente no noroeste gaúcho e na região metropolitana de Porto Alegre.
Paulo Pimenta ressaltou a importância de estarem preparados para enfrentar essas condições climáticas adversas, especialmente após os recentes eventos de enchentes que assolaram o estado. Ele destacou que, apesar dos esforços empreendidos para proteger as áreas vulneráveis, como a instalação de diques e casas de bomba, algumas regiões ainda estão sujeitas a riscos significativos.
“Ao longo do tempo, esses diques e casas de bomba passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que ocorreu nessa enchente? Primeiro, a cota para a qual esses diques foram construídos foi a da enchente de 1941. Como tivemos, em algumas regiões, uma inundação superior a 70% a mais do que em 1941, tivemos algumas situações em que a água passou por cima do dique. Tivemos outras situações em que houve rompimentos de dique e tivemos também uma capacidade de resposta do sistema de bombas que foi insuficiente”, disse.