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Demanda por escolas bilíngues aumenta 64% em cinco anos

O ensino bilíngue está em franca expansão no Brasil, com um crescimento de 10% no número de escolas em cinco anos, segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI). No último ano, a procura por esse tipo de ensino disparou, com um aumento de 64%, de acordo com dados do Ministério da Educação (MEC).

São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília lideram a procura por modelos de ensino bilíngue, mas especialistas alertam para a necessidade de ampliar o acesso a essa modalidade em todo o país.

Esse crescimento é impulsionado pelas diversas vantagens que o ensino bilíngue oferece aos alunos, como o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais, além do domínio de um segundo idioma, cada vez mais essencial para o sucesso profissional.

Benefícios que vão além do aprendizado de um idioma.

Para Gabriel Frozi, diretor da escola Rio Christian School no Rio de Janeiro, o ensino bilíngue vai muito além do aprendizado de uma segunda língua. “Os alunos desenvolvem inúmeras habilidades, principalmente no campo da comunicação, que excede o domínio de dois idiomas”, explica.

A exposição a outros idiomas pode promover o desenvolvimento cognitivo, social e acadêmico das crianças, preparando-as para os desafios do mundo moderno e prosperar em um ambiente cada vez mais multicultural e interconectado.

“Até os 5 anos, o desenvolvimento linguístico está em plena formação. Quanto mais cedo for o contato com outro idioma, mais natural será este processo, pois ele passa a ser quase que intuitivo, uma vez que está sendo adquirido de forma lúdica e prazerosa”, afirma Gabriel.

Ampliar o acesso à educação bilíngue.

Apesar do crescimento, o ensino bilíngue ainda precisa ser democratizado no Brasil. De acordo com a edição 2022 do ranking EF EPI, o Brasil ocupa a 58ª posição no índice de proficiência em inglês, o que demonstra que há um longo caminho a ser percorrido.

“Aprender e vivenciar a cultura do inglês amplia em 100% as oportunidades de trabalho e desenvolvimento pessoal. É preciso ampliar o acesso às oportunidades, isso será determinante em um país que vive em reflexo a grandes potências mundiais, como os Estados Unidos. Falar inglês não é só mais um ponto de destaque no desenvolvimento e carreira, mas no sucesso de uma geração”, destaca Gabriel.

Com informações de Cla Cri Com.

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