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Catástrofe no Rio Grande do Sul revela vulnerabilidade climática do Brasil

[Foto: Ilustrativa / Richard Souza / MS]

O Brasil, historicamente livre de terremotos, vulcões e tsunamis, sempre acreditou que sua estabilidade geológica garantiria um futuro tranquilo. No entanto, a recente catástrofe no Rio Grande do Sul provou que essa percepção era ilusória. Se o país não enfrenta tremores de terra, rios de lava ou ondas gigantes, ele é anualmente castigado por fenômenos climáticos devastadores, geralmente relacionados a extremos na incidência de chuva.

No dia 11 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou a MP 1.218/2024, liberando R$ 12,1 bilhões para o Rio Grande do Sul. Este valor representa o maior aporte de recursos emergenciais já proposto pelo Executivo para mitigar danos causados por catástrofes climáticas desde 2001. Nos últimos 24 anos, foram solicitados ao Congresso Nacional R$ 76,8 bilhões em créditos extraordinários para ações desse tipo, sendo que a tragédia no Rio Grande do Sul representa 15,8% desse total.

Justificativa e Impactos

Na justificativa para a abertura do crédito extraordinário, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou a gravidade da situação no Rio Grande do Sul. Até a manhã da última sexta-feira (17/05), os temporais haviam atingido 461 cidades, resultando em pelo menos 154 mortos. A Defesa Civil informou que 2,2 milhões de pessoas foram afetadas diretamente, com mais de 600 mil desalojadas e 78,1 mil em abrigos. Há também 98 desaparecidos. Os danos incluem destruição de estradas, lavouras, pontilhões, pontes, alagamentos, enxurradas e danos à infraestrutura de serviços públicos.

Com informações da Agência Senado.

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