Carteira Nacional de Identidade terá mudanças, visando promover inclusão
[Foto: Victor Hugo / Campos]
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou nesta sexta-feira (19/05) que realizará mudanças no layout da nova Carteira Nacional de Identidade (CIN). O objetivo, segundo a pasta, é tornar o documento mais inclusivo e representativo.
Para isso, a nova carteira, que começou a ser implantada no país em 2022, será impressa sem o campo referente ao sexo e constará apenas o NOME (declarado pela pessoa no ato de emissão do documento), “não havendo mais a distinção entre nome social e nome do registro civil”.
O secretário de Governo Digital, Rogério Mascarenhas, acredita que a mudança retratará com mais fidelidade o cidadão brasileiro.
“Teremos um documento inclusivo. Pretendemos que esse seja um instrumento que permita a reconstrução da relação de cidadania entre o Estado e o cidadão, para que saibamos com quem estamos falando e para que essa pessoa possa exigir seus direitos e cumprir seus deveres, além de ser reconhecida como uma pessoa”, declarou o secretário.
As mudanças anunciadas nesta sexta-feira (19) foram solicitadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e têm como objetivo “promover a cidadania e o respeito às pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras (LGBTQIA+)”.
CIN
A Nova Carteira de Identidade Nacional foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O novo documento terá o CPF como número único e suficiente para a identificação de cada cidadão nos bancos de dados do serviço público.
Doze estados estão aptos a emitir a nova CIN, sendo eles:
- Acre;
- Alagoas;
- Amazonas;
- Goiás;
- Mato Grosso;
- Minas Gerais;
- Pernambuco;
- Piauí;
- Paraná;
- Rio de Janeiro;
- Rio Grande do Sul; e
- Santa Catarina.
Para emitir o documento, é necessário que a população procure a Secretaria de Segurança Pública do estado onde deseja ser atendida.
Em janeiro deste ano, o DETRAN-RJ iniciou a emissão do documento. A ação foi implantada no estado como projeto-piloto para emitir a CIN para crianças de até 11 anos de idade.
A Carteira Nacional de Identidade é emitida nos modelos em policarbonato (plástico) e em papel, além do formato digital que ficará disponível no aplicativo GOV.BR.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, somente até o mês de abril, já foram emitidas no Brasil mais de 460 mil CINs, e mais de 330 mil versões do documento foram baixadas no aplicativo GOV.BR.