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Brasil registra aumento de internações por gripe e vírus sincicial, aponta Fiocruz

[Foto: Aline Souza / GE]

O mais recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta semana, mostra o aumento das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. O destaque recai principalmente para o vírus sincicial respiratório (VSR) e o vírus da gripe, influenza A. Desde o início de 2024, o Brasil já registrou 2.322 óbitos por síndrome respiratória grave.

Nas últimas quatro semanas analisadas, 54,9% dos casos de síndromes respiratórias foram atribuídos ao vírus sincicial, enquanto 20,8% foram causados pelo influenza A, o vírus da gripe. Conforme o boletim, as mortes associadas ao vírus da gripe estão se aproximando das mortes em função da Covid-19, “por conta da diferença do quadro de diminuição da Covid-19 e aumento de casos de influenza”.

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ressaltou a importância da vacinação contra a gripe como medida preventiva para evitar complicações graves da doença. Ele destacou que, assim como a vacinação contra a Covid-19, a vacina contra a gripe é essencial para reduzir o risco de agravamento de um resfriado, que pode levar à hospitalização e até mesmo ao óbito.

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental”, ressaltou Marcelo Gomes.

O boletim também aponta que 20 estados e o Distrito Federal apresentam uma tendência de aumento de SRAG no longo prazo. Essa tendência é observada em estados de diferentes regiões do país, evidenciando a necessidade de atenção e medidas preventivas por parte das autoridades de saúde e da população em geral.

Enquanto os óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam predominantemente associados à Covid-19 entre os idosos, um cenário diferente emerge entre as crianças de até dois anos de idade. O aumento da circulação do vírus sincicial respiratório (VSR) tem gerado um crescimento significativo da mortalidade por SRAG nessa faixa etária, superando até mesmo as mortes associadas à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas.

Essa mudança no cenário reflete a intensificação da circulação viral durante esse período. Além do VSR, outros vírus respiratórios que contribuem para a incidência de SRAG em crianças pequenas incluem a Covid-19 e o rinovírus.

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