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Brasil registra 546 mil médicos ativos, proporção de 2,56 por mil habitantes.

[Foto: Ilustrativa]

O Brasil contabiliza 546 mil médicos ativos, sendo uma proporção é de 2,56 profissionais por mil habitantes. O número, segundo os Conselhos Regionais de Medicina, mais que dobraram em 20 anos, passano de 200 mil no ano 2000, para 546 mil em 2022. Dados de relatório da OCDE confirmam que o país apresentou uma das maiores taxas de crescimento na densidade de médicos por habitantes no peródo.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) atribui o aumento ao crescimento acelerado de escolas médicas e de vagas na última década. Segundo o CFM estas ações levaram o aumento sem precendentes do número de medicos no Brasil.

“Mantendo-se o mesmo ritimo de crescimento da população e de escolas médicas, dentro de cinco anos, em 2028, o país contará com 3,63 médicos por mil habitantes, índice que supera a densidade médica registrada, por exemplo, na média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenolvimento (OCDE)”.

Segundo o CFM, desde 2010, a população brasileira passou de 190,7 milhões para 214 milhões, crescendo também o número de médicos por mil habitantes de 1,76 para 2,56.

O índice registrado no Brasil já é compatível com o de países como:

  • Estados Unidos (2,6)
  • Canadá (2,7),
  • Japão ( 2,5),
  • Coreia do Sul (2,5)

Ainda segundo o CFM, o número registrado no Brasil supera o de países como:

  • Chile (2,2)
  • China (2,0)
  • África do Sul (0,8).

Seguindo a mesma tendência, em cinco anos, o Brasil ultrapassará países como:

  • Nova Zelândia (3,4)
  • Irlanda (3,3)
  • Israel (3,3)
  • Finlândia (3,2)
  • frança (3,2)
  • Bélgica (3,2)
  • Reino Unido (3,0).

As mulheres também representaram um aumento na força de trabalho médica no país, registrando 30% em 1990, subindo para 39,9% em 2010 e 49% nos dados atuais. Nesse sentido, os indicadores mostram que, em poucos anos, as mulheres podem ser tornar maioria na área.

Os números, ainda, indicam que a média geral de idade dos médicos e médicas no país apresentou queda nos últimos anos. Em 2015, por exemplo, a média era de 45,7 anos. Atualmente o registro é de 44,9 anos. Sendo em 2023, para os homens, a idade média, de 49 anos e mulheres de 42,5 anos de idade.

Os estados que representam a idade média mais alta entre a população médica são:

  • Rio de Janeiro: 50,3 anos; e
  • Rio Grande do Sul: 47,8 anos.

Já os estados com profissionais mais jovens são Tocantins e Rondônia, com média de idade 41 anos.

Segundo o Conselho, o Brasil possui médicos ativos, com seus respectivos registros nos Conselhos Regionais de Medicina, em número suficiente para atender as necessidades da população. No entando, ainda há um cenário de desigualdade na distribuição e fixação dos profissionais e acesso da população. Isso porque, os dados apontam que a maioria dos profisisonais médicos do Brasil concentram-se nas regiões Sul e Sudeste, distribuidos nas capitais e nos grandes municípios.

“No Brasil, testemunhamos um cenário de forte desigualdade com relação à distribuição de médicos pelo território. A maioria dos profissionais tem optado por se instalar nos estados do Sul e do Sudeste e nas capitais devido às melhores condições de trabalho. Aqueles que moram no Norte, no Nordeste e nos municípios mais pobres, do interior, se ressentem da falta de investimentos em saúde, dos vínculos precários de emprego e da ausência de perspectivas”, destacou o presidente do CFM, José Hiran Gallo.

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