Brasil já registrou mais de 4 milhões de casos prováveis de dengue em 2024
[Foto: Raquel Portugal / Fundação Oswaldo Cruz]
Segundo dados atualizados pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (29/04), o Brasil já registrou mais de 4 milhões de casos prováveis de dengue nos primeiros quatro meses deste ano. O total chega a 4.127.571 casos notificados em todo o país.
Em relação às mortes por dengue, foram confirmados 1.937 óbitos, enquanto 2.345 estão em fase de investigação. O coeficiente de incidência da doença é de 2.032,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
A faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, concentrando a maioria dos casos. Por outro lado, crianças menores de 1 ano são menos afetadas, seguidas por pessoas com 80 anos ou mais e crianças de 1 a 4 anos.
Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina são as unidades da Federação com maior incidência da doença.
Projeções divulgadas no início do ano indicavam que os casos de dengue no país poderiam alcançar a marca de 4.225.885, reforçando a necessidade contínua de medidas preventivas e de combate ao mosquito transmissor da doença.
Combate à doença
Nesta segunda-feira (29/04), o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais celebraram a inauguração da Biofábrica Wolbachia em Belo Horizonte. Gerida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa unidade representa um avanço significativo na capacidade do Brasil de produzir uma das principais tecnologias no combate à dengue e outras arboviroses.
A Wolbachia, uma bactéria presente em aproximadamente 60% dos insetos na natureza, não é naturalmente encontrada no Aedes aegypti, mosquito transmissor de diversas doenças. O método Wolbachia consiste em inserir essa bactéria em ovos do mosquito em laboratório, criando assim Aedes aegypti portadores do microrganismo. Quando infectados pela Wolbachia, esses mosquitos tornam-se incapazes de transmitir os vírus responsáveis pela dengue, zika, chikungunya ou febre amarela.
