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Banco Central aumenta taxa Selic para 14,25% ao ano diante de inflação e incertezas econômicas

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[Foto: Richard Souza / GE]

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano. A decisão foi tomada em meio à alta dos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas sobre a economia global.

O que é o Copom e qual sua função?

O Copom é o órgão do Banco Central responsável por definir a taxa Selic, que serve como referência para os juros da economia brasileira. O comitê se reúne a cada 45 dias para avaliar o cenário econômico e decidir se mantém, reduz ou aumenta a Selic, com o objetivo de controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica.

O que é a taxa Selic?

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia. Ela influencia todos os juros praticados no país, desde os cobrados em financiamentos e empréstimos até os rendimentos de aplicações financeiras. Quando a Selic sobe, o custo do crédito fica mais alto, desestimulando o consumo e ajudando a conter a inflação. Por outro lado, quando a taxa cai, o crédito fica mais barato, incentivando investimentos e o crescimento da economia.

Por que o Banco Central aumentou os juros?

Em comunicado, o Copom justificou a decisão citando a pressão inflacionária, tanto nos preços dos alimentos e da energia quanto nos núcleos da inflação – que excluem itens mais voláteis. Além disso, o órgão destacou que a economia brasileira continua aquecida, embora existam sinais de moderação no crescimento.

Outro fator de incerteza apontado pelo comitê é a política comercial do país e os desdobramentos da postura do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos. Mudanças nos juros americanos podem impactar o fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, influenciando a política monetária nacional.

Impacto da alta da Selic na vida do cidadão

O aumento da taxa Selic pode ter diversos reflexos no dia a dia da população. Entre os principais impactos estão:

  • Crédito mais caro: empréstimos, financiamentos e compras parceladas ficam mais custosos, o que pode desestimular o consumo.
  • Inflação controlada: com menos demanda, a tendência é que os preços subam de forma mais moderada.
  • Investimentos mais rentáveis: aplicações atreladas à Selic, como Tesouro Direto e CDBs, passam a render mais, o que pode beneficiar investidores.
  • Crescimento econômico mais lento: com o crédito mais restrito, empresas podem adiar investimentos e contratações, reduzindo o ritmo da economia.

O Copom afirmou que continuará monitorando a economia e avaliando a necessidade de novos ajustes na Selic para garantir o controle da inflação e a estabilidade econômica do país.

Com informações da Agência Brasil.

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