
[Foto: Ilustrativa / lensGO]
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou nesta quarta-feira (25/06) que 16 países retiraram as restrições impostas à importação de carne de aves do Brasil. As suspensões haviam sido adotadas após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Deixaram de restringir as importações os seguintes países: Argélia, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Egito, El Salvador, Iraque, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mianmar, Montenegro, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Vanuatu e Vietnã.
No dia 18 de junho, o Brasil voltou a ser considerado livre da influenza aviária em granjas comerciais, após o cumprimento do protocolo internacional que prevê um período de 28 dias sem novos casos. A única ocorrência, segundo informou o MAPA, foi registrada em 16 de maio e confirmada no dia 22 do mesmo mês, após a desinfecção do local.
Atualmente, 14 países, além da União Europeia, mantêm embargo total à carne de frango brasileira. Outros 19 países, mais o Reino Unido, impõem restrições apenas à carne originária do Rio Grande do Sul. Já Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia restringem a importação somente de produtos provenientes do município de Montenegro.
A gripe aviária é uma doença que atinge principalmente aves, mas também pode afetar mamíferos. A transmissão ocorre pelo contato com animais doentes ou por meio de água e materiais contaminados. O consumo de carnes e ovos é considerado seguro, desde que os alimentos sejam devidamente preparados.
Gripe Aviária
A influenza aviária, conhecida como gripe aviária, atinge principalmente aves silvestres e domésticas. É uma doença altamente contagiosa e, segundo o Ministério da Agricultura, atualmente o mundo “enfrenta a maior pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), sendo que a maioria dos casos está relacionada ao contato entre aves silvestres migratórias e aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais”.
O vírus pode ser transmitido aos seres humanos por meio do contato com aves infectadas, vivas ou mortas.
Alguns sintomas da doença em aves são:
- Andar cambaleante;
- Pescoço deitado; e
- Alta mortalidade em uma área.
O Ministério da Agricultura e Pecuária orienta que todos que encontrem uma ave com os sintomas da doença acionem o serviço veterinário de sua cidade ou realizem a notificação no e-Sisbravet.
Ainda de acordo com o ministério, as aves com sintomas da doença não devem ser tocadas ou recolhidas, pois o vírus pode ser encontrado nas fezes e secreções respiratórias dos animais.
Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), “não há evidências que sugiram que o A(H5), A(H7N9) ou outros vírus da gripe aviária possam ser transmitidos a humanos através da carne ou ovos devidamente preparados”.
De acordo com a Embrapa, a contaminação humana ocorre por meio do contato direto com secreções de aves infectadas, especialmente em feiras de aves vivas, fezes de aves, sangue e aves mortas.
Em 29 de março de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária publicou no Diário Oficial da União uma portaria que estabelece medidas preventivas devido ao risco de ingresso e disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade no país.
A portaria suspende, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves. Também fica suspensa a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados conforme a Instrução Normativa nº 56 de dezembro de 2007.
*Com informações de MAPA