Justiça

TSE retoma julgamento sobre cassação de Moro na terça-feira

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[Foto: Abdias Pinheiro / ASCOM / TSE]

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, nesta quinta-feira (16/05), a análise dos recursos que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). As acusações contra o ex-juiz da Operação Lava Jato incluem abuso de poder econômico e outros crimes eleitorais durante a pré-campanha das eleições de 2022. O julgamento continuará na próxima sessão plenária do TSE, onde serão apresentadas as argumentações finais antes da votação. A decisão do tribunal poderá definir a continuidade ou não do mandato de Sergio Moro como senador.

O relator do caso, ministro Floriano de Azevedo Marques, leu o relatório com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que, por maioria de 5 a 2, rejeitou a cassação de Moro no mês passado. A continuidade do julgamento está agendada para a próxima sessão plenária do TSE, marcada para terça-feira, 21 de maio, às 19h. Nessa ocasião, serão ouvidas a defesa de Moro, os advogados do PT e do PL, além da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE). A votação deverá ocorrer após as sustentações orais.

Entenda

O PT e PL acusam Sergio Moro de ter realizado altos gastos durante sua pré-candidatura à Presidência pelo Podemos e, posteriormente, como pré-candidato ao Senado em São Paulo pelo União Brasil, antes de se candidatar e vencer a eleição para senador pelo Paraná. Entre os alegados gastos irregulares estão a compra de um veículo blindado, segurança pessoal integral e contratação de escritórios de advocacia.

No mês passado, o TRE-PR decidiu que não houve abuso de poder econômico, afirmando que não existem regras específicas que disciplinem a pré-campanha e que os gastos mencionados não desequilibraram a disputa eleitoral. A corte destacou que os valores gastos não alcançaram 10% do limite total permitido para os candidatos ao Senado em 2022.

Posições das partes envolvidas

  • Ministério Público: Estimou os gastos em cerca de R$ 2 milhões, financiados pelo Fundo Partidário, para eventos de filiação e produção de vídeos promocionais, além de consultorias eleitorais.
  • PL: Alegou gastos irregulares de aproximadamente R$ 7 milhões.
  • PT: Indicou supostos gastos de até R$ 21 milhões.

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) manifestou-se pela absolvição de Moro, argumentando que os gastos indicados não tiveram impacto significativo na eleição para o Senado no Paraná. A defesa de Moro, conduzida pelo advogado Gustavo Guedes, reafirmou a legalidade das ações do senador e negou quaisquer irregularidades, defendendo a manutenção do mandato.

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