Valor da cesta básica sofre aumento em 16 das 17 capitais brasileiras
[Foto: Richard Souza/AN]
Em pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que no mês de novembro de 2020, o valor da cesta básica sofreu aumento em 16 das 17 capitais brasileiras. O arroz, óleo de soja, carne, tomate e batata sofreram alta expressiva na maioria das capitais.
De acordo com a pesquisa, as maiores altas ocorrem em Brasília, como 17,05% de aumento, seguido de Campo Grande, registrando um aumento no valor em 13,26% e Vitória, com 9,72% de aumento.
A unica capital que registrou queda no valor dos produtos foi Recife, onde o custo da cesta básica abaixou em 1,30%.
Levando em consideração o aumento na cesta básica mais cara, no valor de R$ 629,63, registrada no Rio de Janeiro, o Dieese estimou que o valor necessário do salário mínimo para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família, considerando alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser equivalente a R$ 5.289,53, o que corresponde a 5,06 vezes o valor vigente, de R$ 1.045,00. O calculo é baseado em uma família com quatro integrantes, sendo dois adultos e duas crianças.
Segundo a pesquisa, “quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, na média, 56,33% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em outubro, o percentual foi de 53,09%”.
A pesquisa também calculou o tempo médio necessário para adquirir os produtos para compor a cesta. Em novembro, foi registrado 114 horas e 38 minutos necessários, tempo maior que em outubro, quando era necessário 108 horas e 02 minutos.
Confira abaixo a tabela com os valores das cestas básicas registradas nas capitais e suas variações: