Sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar do Rio de Janeiro auxiliou em 400 prisões e localizou o primeiro desaparecido
[Foto: Ilustrativa / Richard Souza / AN]
Em menos de um ano de funcionamento, o sistema de reconhecimento facial implantado pela Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) ajudou na prisão de 400 pessoas com mandados de prisão em aberto. A marca foi alcançada neste mês, quando policiais militares do 22º BPM (Maré) prenderam um homem com mandado de prisão expedido por roubo na Avenida Brasil.
O sistema de reconhecimento facial, implantado no último réveillon inicialmente na área de Copacabana, utiliza câmeras de monitoramento urbano conectadas aos bancos de dados de mandados de prisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e de pessoas desaparecidas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
Segundo informações da PMERJ, até meados de novembro de 2024, mais de 10% das prisões realizadas foram auxiliadas pelo sistema de reconhecimento facial. Dos 400 mandados de prisão cumpridos, 51,1% foram por descumprimento de decisão judicial relacionada ao não pagamento de pensão alimentícia, 20% por roubo, 8% por tráfico de drogas e 3,5% por homicídio, entre outros crimes.
Primeiro desaparecido localizado
O sistema também busca auxiliar na localização de pessoas desaparecidas. No dia 11 de novembro, foi localizado o primeiro desaparecido com a ajuda do reconhecimento facial. O caso envolveu um rapaz de 28 anos, que havia deixado sua casa em Queimados, na Baixada Fluminense, após o fim de seu casamento. O desaparecimento foi registrado em 7 de novembro, e, quatro dias depois, o sistema detectou o jovem caminhando pela Tijuca.
Acionados pela central de monitoramento, policiais militares do programa Segurança Presente da Tijuca localizaram o rapaz e o conduziram à 19ª DP (Tijuca), onde foi possível avisar os familiares. O pai do rapaz expressou sua gratidão pela ajuda das equipes de monitoramento e da polícia.