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Relatório da OMS apresenta desafios e avanços no combate ao VIH, Hepatites Virais e ISTs

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[Foto: Ilustrativa / WHO / Pierre Albouy]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, nesta terça-feira (21/05), um novo relatório sobre a implementação das estratégias globais de saúde para o VIH, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) para o período de 2022 a 2030. Os dados indicam que essas doenças continuam a representar um desafio significativo para a saúde pública mundial, resultando em 2,5 milhões de mortes anuais.

O relatório destaca um aumento das ISTs em várias regiões. Em 2022, os casos de sífilis em adultos aumentaram em mais de 1 milhão, totalizando 8 milhões de novos casos, com os maiores aumentos observados nas Américas e na África. Essa tendência preocupa a Organização, já que os Estados-Membros da OMS haviam estabelecido a meta de reduzir as infecções anuais de sífilis em dez vezes até 2030.

Quatro ISTs curáveis, incluindo sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase, são responsáveis por mais de 1 milhão de infecções diárias. A sífilis, em particular, causou 230 mil mortes em 2022. A resistência antimicrobiana também é um problema crescente, com 9 dos 87 países monitorados relatando níveis elevados de resistência à ceftriaxona, tratamento de última linha para gonorreia.

As novas infecções por VIH diminuíram apenas ligeiramente, de 1,5 milhões em 2020 para 1,3 milhões em 2022. No mesmo ano, ocorreram 630 mil mortes relacionadas ao VIH.

Os casos de hepatite B e C continuam a aumentar segundo a OMS, com 1,2 milhões de novos casos de hepatite B e quase 1 milhão de novos casos de hepatite C em 2022. As mortes por hepatite viral aumentaram de 1,1 milhões em 2019 para 1,3 milhões em 2022, apesar das ferramentas eficazes de prevenção e tratamento disponíveis.

A OMS validou 19 países para a eliminação da transmissão do VIH e/ou da sífilis de mãe para filho. Segundo a Organização, o Botswana e a Namíbia estão próximos de eliminar o VIH, com a Namíbia sendo o primeiro país a submeter um dossiê para a tripla eliminação da transmissão vertical do VIH, hepatite B e sífilis.

A cobertura do tratamento do VIH alcançou 76%, com 93% das pessoas em tratamento atingindo cargas virais suprimidas. Esforços para aumentar a vacinação contra o HPV e o rastreio de mulheres com VIH estão em andamento, assim como melhorias no diagnóstico e tratamento das hepatites B e C.

O relatório ressalta que, “embora as metas ambiciosas estabelecidas pelos Estados-Membros para 2025 e 2030 ajudem a impulsionar o progresso, o progresso é irregular em todas as áreas de doença.”

*Com informações de OMS

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