EducaçãoSergipe

Projeto “Matemática do Amor” leva conscientização sobre violência à escola em Aracaju

Compartilhe essa notícia!

Em novembro, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rachel Cortês, localizada no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju, recebeu mais uma etapa do projeto Matemática do Amor. A iniciativa, realizada pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), visa levar informações sobre a Lei Maria da Penha e conscientizar crianças e adolescentes sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher.

A ação, que integrou a Semana da Justiça pela Paz em Casa, contou com a participação da juíza Jumara Porto e da assistente social Shirley Leite, marcando a 15ª escola visitada pelo projeto. Durante o encontro, os alunos dos 4º e 5º anos tiveram a oportunidade de debater o tema e esclarecer dúvidas.

A juíza ressaltou a importância de abordar a violência doméstica desde a infância. “São crianças extremamente inteligentes, curiosas, então valeu muito a pena falar sobre violência contra a mulher com eles. Precisamos compreender que se não trabalharmos esse tema com crianças e adolescentes será um enxugar gelo sem fim. Tratando a criança, a gente evita que a violência ocorra. Então, o projeto Matemática do Amor é de suma importância”, destacou.

Durante a atividade, os alunos receberam uma cartilha da Coleção Em Miúdos, do Senado Federal, que explica a Lei Maria da Penha de forma acessível. Além disso, aprenderam sobre os cinco tipos de violência doméstica: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. “A gente precisa desnaturalizar a violência e isso só acontece conversando a respeito”, afirmou a magistrada.

Os alunos mostraram entusiasmo e curiosidade durante a palestra. Eline Silva, de 10 anos, ficou especialmente impactada com a informação sobre o disque-denúncia. “Eu achei muito legal conversar com a juíza hoje e aprendi coisas que eu não sabia ainda, como o número para discar quando alguém tiver apanhando e sofrendo, que é o 180”, comentou.

Já Davi Santana, de 11 anos, destacou o aprendizado sobre os diferentes tipos de agressão. “Eu aprendi que existem vários tipos de agressão, a verbal, a física, a moral, a patrimonial, que é quando você pega as coisas dos outros e fica quebrando ou gasta todo o dinheiro”, explicou.

A professora Ana Paula Cruz, responsável pelo 5º ano A, elogiou a iniciativa e o impacto positivo no ambiente escolar. “Eles estudam sobre o Judiciário, Executivo e Legislativo, mas as pessoas que trabalham nesses Poderes ficam muito distantes deles. O juiz vindo aqui, traz uma relação mais próxima. Isso é muito legal. Já tivemos juízes que conversaram com os pais, mas tão perto dos alunos foi a primeira vez. Tá sendo muito rico”, avaliou.

Além do tema principal, os alunos aproveitaram a presença da juíza para perguntar sobre outros assuntos, como bullying, agressões contra crianças e crimes nas redes sociais. A professora destacou que esses momentos ampliam a compreensão dos estudantes sobre leis e cidadania. “No 5o e 4o anos, a gente trabalha de algumas leis, principalmente o Estatuto da Criança. Mas sempre convidamos palestrantes da área e eles têm uma ideia sobre outras leis, como a Maria da Penha”, explicou a professora Ana Paula.

*Com informações de CNJ

error: Não é possível copiar.