Profissionais de educação da da rede estadual do RJ decidem manter greve
[Foto: Ilustrativa]
Os profissionais das escolas estaduais do Rio de Janeiro decidiram, em assembleia realizada na terça-feira (23/05/2023) no Circo Voador, continuar com a greve iniciada em 17 de maio. A categoria está em busca do pagamento do piso nacional do magistério para os professores, assim como o piso dos funcionários, referenciado no salário mínimo nacional.
Logo após a assembleia, milhares de profissionais participaram de uma passeata da Lapa até a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde ocorreu um ato público com a presença de diversos deputados estaduais em apoio ao movimento. Uma comissão do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) foi recebida pela Alerj, solicitando a intermediação dos deputados junto ao governo.
A próxima assembleia está agendada para o dia 1º de junho, e o SEPE está aberto ao diálogo, aguardando uma proposta concreta do governo em relação ao pagamento do piso para todas as carreiras da educação. Até o momento, o governo não apresentou nenhuma proposta, nem mesmo a forma como pretende implementar o projeto anunciado pelo governador em 16 de maio, o qual a categoria discorda frontalmente.
A proposta do governo não incorpora o piso a todas as carreiras, apenas visa reajustar os salários que estão abaixo do piso, deixando sem reajuste aqueles que já ganham acima do piso. Os profissionais defendem que o piso seja implementado a partir do vencimento inicial da carreira e seja adequado proporcionalmente aos demais níveis, seguindo o Plano de Carreira da categoria.
Enquanto a greve continua, o SEPE realizará atos locais e descentralizados nos municípios e na capital, reforçando a mobilização diariamente nas escolas. No dia 26 de maio, está programado um ato próximo ao local do congresso do SEPE, na Cidade Nova.
É importante destacar que o estado do Rio de Janeiro possui o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual. Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, os professores de escolas estaduais têm um piso de R$ 1.588 como vencimento base (18 horas semanais). Além disso, os funcionários administrativos, como serventes, merendeiras, porteiros e inspetores de alunos, recebem em sua maioria um valor inferior ao salário mínimo.
As principais reivindicações da educação estadual são a implementação do piso nacional nas carreiras dos profissionais da educação, a defesa do plano de carreira, a revogação do novo ensino médio e a urgente necessidade de um projeto de combate à violência nas escolas.
Com informações da comunicação do SEPE/RJ.