Professores do Rio entram em greve e protestam na prefeitura; professor é detido e liberado
Os profissionais de educação do município do Rio de Janeiro realizaram, nesta segunda-feira (25/11), um protesto em frente à sede da Prefeitura, na Cidade Nova. A manifestação ocorre após a decisão do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) de iniciar uma greve por tempo indeterminado.
Os professores pedem o arquivamento do Projeto de Lei 186/2024, que propõe aumentar a carga de aulas e alterar direitos como férias e licenças. Além disso, a categoria exige a revogação da Lei 8666/2024, que amplia os contratos temporários na rede municipal de ensino para até seis anos.
De acordo com o SEPE, as propostas impactam negativamente as condições de trabalho e precarizam ainda mais a educação pública na cidade.
Segundo informações do Centro de Operações Rio (COR) , no início da tarde, os manifestantes interditaram parcialmente a Avenida Presidente Vargas, principal via da região central, causando retenções no trânsito. Durante o ato, um homem foi detido pela Polícia Militar e levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Estácio.
A prisão gerou indignação entre os manifestantes, que decidiram marchar até a delegacia. O SEPE informou que o professor foi liberado após a chegada de um advogado do sindicato. Toda a ação foi transmitida ao vivo pelo Sindicato.
A manifestação também foi marcada por confrontos. Segundo imagens que circulam nas redes sociais e de relato do SEPE, a polícia utilizou bombas de efeito moral para dispersar os participantes, e algumas pessoas ficaram feridas. Em nota, o SEPE condenou o uso de força policial contra os educadores e reforçou que a greve continuará até que as demandas da categoria sejam atendidas.
” Continuaremos nas ruas, enfrentando a repressão e a arbitrarieade da polícia e dos governos até alcançar o nosso objetivo de barrar o pacote de maldades do prefeito Eduardo Paes”, conclui a nota.
ABSURDO! Após a Assembleia do SEPE, os servidores da educação realizaram um protesto pacífico contra o pacote de maldades do Eduardo Paes e foram recebidos com truculência pela Polícia Militar, que utilizou bombas e spray de pimenta. É assim que a Prefeitura do Rio trata os… pic.twitter.com/EbmsYE5XXG
— Thais Ferreira (@southaferreira) November 25, 2024
Vigília prevista para terça-feira
A mobilização dos profissionais de educação segue nesta terça-feira (26/11), com uma vigília em frente à Câmara Municipal, a partir das 9h. O objetivo é pressionar os vereadores a rejeitarem os projetos de lei que afetam os direitos da categoria.