O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que os esforços do que chamou de “regime sionista” para fomentar tensões entre o Irã e seus vizinhos estão fadados ao fracasso. A afirmação foi feita neste sábado (21), durante uma conversa telefônica com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi.
Segundo Pezeshkian, a agressão atribuída a Israel teve início enquanto o Irã mantinha negociações indiretas com os Estados Unidos com o objetivo de resolver impasses por meio do diálogo. “Não iniciamos esse conflito, nem desejamos prolongá-lo. No entanto, se a agressão persistir, responderemos de forma decisiva”, declarou.
O presidente iraniano acusou Israel de agir com o aval dos Estados Unidos e de tentar semear discórdia entre o Irã e seus parceiros regionais. “Os sionistas não terão sucesso em nos colocar uns contra os outros”, afirmou Pezeshkian, enfatizando seu compromisso com a cooperação entre o Irã e os países vizinhos, especialmente os de maioria islâmica.
Durante o diálogo com el-Sisi, Pezeshkian reiterou que o Irã não possui intenção de desenvolver armas nucleares, e que o tema foi abordado nas negociações com os norte-americanos. “Desde o início do meu mandato, tenho seguido uma política de unidade e engajamento, e permaneço firme nesse caminho”, disse.
O presidente egípcio, por sua vez, condenou os ataques contra o Irã e afirmou que o Egito está em diálogo com diversas partes, incluindo os Estados Unidos, para reduzir as tensões e buscar uma solução pacífica para o conflito. El-Sisi demonstrou confiança de que as disputas relacionadas ao programa nuclear iraniano podem ser resolvidas por meios diplomáticos. “Estratégias militares apenas agravarão a crise e aumentarão os riscos para toda a região”, alertou.
As declarações ocorrem em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, sobre ataques militares às instalações nucleares iranianas na última sexta-feira (21). O governo dos EUA afirmou que os bombardeios tinham como objetivo destruir a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã. Até o momento, não há confirmação oficial por parte do Irã sobre os danos causados.
