Polícia Federal desencadeia Operação Passe Livre III contra fraudes no ENEM
[Foto: Ilustrativa]
A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (21/05), a Operação Passe Livre III em Arabá/PA, visando combater fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Um mandado de busca e apreensão foi direcionado a um suspeito que teria sido beneficiado pela fraude, na qual seu irmão teria feito a prova em seu lugar no ano de 2022.
Durante a busca, um aparelho celular foi apreendido na residência do investigado, após ele tentar se desfazer do dispositivo ao perceber a chegada da equipe policial. O aparelho será analisado para investigar o caso e verificar possíveis outras fraudes semelhantes.
Segundo a PF, o investigado em questão foi aprovado no ENEM 2022 e ingressou ilegalmente no curso de Engenharia na UNIFESSPA. A fraude foi descoberta a partir da análise de documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos na primeira fase da operação, realizada em fevereiro.
Na primeira fase, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sem que ninguém fosse preso. Já na segunda fase, um dos investigados foi detido preventivamente, mas posteriormente foi liberado sob fiança, após a Justiça Federal aceitar a denúncia.
Caso a hipótese criminal seja confirmada, os envolvidos “poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros.”
Vazamento da prova do ENEM 2023
Nesta semana, a PF concluiu as investigações sobre o vazamento da prova do ENEM realizada em 5 de novembro de 2023, identificando o responsável pelo ato. A investigação teve início no dia seguinte ao exame, após a descoberta das primeiras publicações da prova de redação antes da divulgação oficial pelo INEP.
As investigações revelaram que o vazamento ocorreu na cidade de Belém/PA, onde uma pessoa contratada para aplicar a prova tirou uma foto da redação às 13h50, enquanto o exame ainda estava em andamento. A imagem foi então enviada a uma amiga, professora.
Segundo a PF, “a conduta de utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de processo seletivo para ingresso no ensino superior, pode gerar uma pena de reclusão de um a quatro anos e multa.”
*Com informações de PF