
[Foto: Imagem Ilustrativa / BCB]
O economista americano Paul Krugman, laureado com o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 2008 e influente colunista do jornal The New York Times, dedicou um de seus recentes artigos para analisar o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, o Pix. A publicação do texto por uma figura de seu calibre colocou o sistema financeiro brasileiro em destaque no debate econômico internacional.
No artigo intitulado “O Brasil inventou o futuro do dinheiro?”, Krugman descreve o Pix como um sistema de pagamento digital público “altamente bem-sucedido”, ressaltando sua ampla adoção, baixo custo e eficiência. Ele aponta que o Brasil conseguiu superar barreiras tecnológicas e de inclusão financeira, oferecendo uma ferramenta que funciona de maneira eficaz para a vasta maioria da população, algo que nações desenvolvidas ainda não alcançaram plenamente.
O economista contrapõe a realidade brasileira à dos Estados Unidos. Segundo Krugman, a implementação de um sistema público similar nos EUA enfrenta forte resistência de dois grandes grupos: o poderoso lobby do setor financeiro, que lucra com as altas taxas de cartões de crédito e outras transações, e os entusiastas das criptomoedas, que, em sua visão, promovem uma “fantasia” tecnológica em detrimento de soluções práticas e centralizadas como o Pix.
Ao final, a análise de Paul Krugman sugere que, enquanto os Estados Unidos se mantêm presos a interesses privados e a debates sobre tecnologias voláteis, o Brasil já teria implementado uma solução funcional e inovadora. O fato de um dos economistas mais lidos do mundo apontar o Pix como um possível modelo para o futuro sinaliza a relevância da iniciativa brasileira no cenário global.