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Ministério da Saúde alerta sobre febre amarela

[Foto: Aline Souza / GE]

O Ministério da Saúde emitiu um alerta para estados e municípios, neste domingo (28/04), “para intensificação das ações de vigilância e imunização nas áreas com transmissão ativa do vírus da febre”. O posicionamento da pasta ocorre após o registro de dois novos casos de febre amarela na região de divisa entre São Paulo e Minas Gerais.

Em comunicado oficial, a pasta enfatizou que a rapidez na notificação de estados e municípios é crucial para prevenir futuros surtos de febre amarela no país e para garantir que as ações de resposta sejam prontamente executadas, se necessário.

No que diz respeito à vacinação, a estratégia da busca ativa de pessoas não vacinadas nas regiões afetadas é recomendada. Para auxiliar nessas ações, o Ministério da Saúde disponibilizou 150 mil doses extras da vacina de febre amarela para o estado de São Paulo. Além disso, foi recomendado o livre acesso à vacina nas unidades de saúde, sem a necessidade de agendamento prévio.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) Ethel Maciel, ressalta que a febre amarela é uma doença prevenível por meio da vacinação, disponível gratuitamente no SUS para todas as faixas etárias.

“A febre amarela é uma doença facilmente evitável com a vacina. E ela está disponível no SUS para todas as idades. As campanhas mentirosas antivacina não prejudicaram apenas a Covid. A cobertura vacinal de febre amarela está abaixo do recomendado. Por isso a importância de toda a população estar com a vacinação em dia”, disse.

Casos

A febre amarela, doença com alto índice de letalidade, tem preocupado as autoridades de saúde do Brasil. Nos últimos seis meses, quatro casos foram registrados no país, sendo que três deles resultaram em óbito. Esses casos ocorreram em diferentes estados: Roraima, Amazonas e São Paulo. Os dois casos mais recentes foram de um homem de 50 anos, residente na região entre Águas de Lindóia e Monte Sião, na divisa de São Paulo e Minas Gerais, e de um homem de 28 anos, no município de Serra Grande, que já está curado.

Segundo o Ministério da Saúde, a febre amarela é endêmica na região amazônica, porém, de tempos em tempos, o vírus reemerge em áreas fora dessa região. O padrão temporal de ocorrência é sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre dezembro e maio. Surtos podem ocorrer quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como altas temperaturas, baixas coberturas vacinais e alta densidade de vetores e hospedeiros.

Desde 2014, o vírus tem se espalhado pelo país, saindo da região Centro-Oeste e alcançando outras regiões. Entre 2014 e 2023, foram registrados 2.304 casos de febre amarela em humanos, resultando em 790 óbitos.

Febre Amarela no Brasil

O Brasil adota, dese abril de 2017, o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aqueles que residem em áreas com recomendação de vacinação contra febre amarela e indivíduos com viagens agendadas para esses locais devem se imunizar pelo menos dez dias antes da viagem. Esse prazo e necessário, pois a vacina requer esse período para gerar os anticorpos necessários.

Transmissão da Febre Amarela

Apesar de parte da população acreditar que macacos são responsáveis pela transmissão da febre amarela aos seres humanos, a morte desses animais é, na verdade, um indicativo da presença do vetor da doença na região. A infecção é transmitida por mosquitos silvestres, que habitam áreas de mata e não são encontrados no ambiente urbano das cidades.

Por essa razão, todos aqueles que praticam atividades como acampamentos, trilhas e escaladas, e que ainda não estejam imunizados contra a febre amarela, devem buscar a vacinação preventiva.

Sintomas da Febre Amarela

A Febre Amarela é uma doença causada por um vírus transmitido pela picada de um um mosquito silvestre, que vive em zonas de mata. Não ha transmissão direita de pessoa para pessoa.

Os sintomas iniciais da doença, são:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor de cebeça intensa;
  • Dores nas costas;
  • Dores no corpo;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fadiga e fraqueza

A maioria dos infectados pelo vírus apresentam melhora após estes sintomas inciais. No entanto, o Ministério da Saúde alerta que 15% podem apresentar um breve período de horas a um dia sem sintomas, e, então, desenvolver uma forma mais grave da doença.

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