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Marinha retoma operações de mergulho em busca de vítimas do colapso da ponte entre MA e TO

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[Foto: Divulgação / Marinha do Brasil]

A Marinha do Brasil anunciou, nesta quinta-feira (09/01), a retomada das buscas subaquáticas pelas três vítimas ainda desaparecidas após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados do Maranhão e Tocantins. Os trabalhos, interrompidos devido ao aumento da vazão do reservatório da Usina Hidrelétrica de Estreito, foram retomados após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) permitir a redução temporária da vazão, criando condições para os mergulhos.

“Essa situação deverá ser reavaliada a cada novo período. Na quarta-feira (8), a MB precisou deslocar a Base Avançada de Mergulho para uma área mais elevada em relação à sua posição original, uma vez que o local em que aquela se encontrava corria risco de alagamento devido ao aumento da vazão das águas da usina fora das janelas de mergulho”, disse a Marinha do Brasil.

O acidente, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, envolveu 18 pessoas e diversos veículos, incluindo três carros, três motocicletas e quatro caminhões que caíram no Rio Tocantins. Até o momento, 14 vítimas foram resgatadas e identificadas. Segundo informações, seguem desaparecidos Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Operação de resgate


As operações de busca mobilizam 64 mergulhadores especializados da Marinha e Corpos de Bombeiros de cinco estados, além do Distrito Federal. Tecnologias como drones subaquáticos, aéreos e câmaras hiperbáricas estão sendo utilizadas para apoiar os esforços de resgate em condições desafiadoras.

Recentemente, a Marinha precisou reposicionar sua Base Avançada de Mergulho devido ao risco de alagamento provocado pela vazão aumentada da barragem. Os novos mergulhos exploratórios focam em áreas mais a jusante, seguindo o fluxo da correnteza do rio.

Cargas perigosas no fundo do rio


Entre os caminhões que caíram no rio, dois transportavam ácido sulfúrico e outro carregava agrotóxicos. Análises emergenciais realizadas pela ANA e pelo Ibama não encontraram contaminação da água pelos produtos químicos até o momento. No entanto, o Ibama alerta que o risco de rompimento dos recipientes permanece, podendo causar danos ao meio ambiente e ao abastecimento das comunidades ribeirinhas.

“Enquanto o material químico estiver depositado no Rio Tocantins, persiste o risco de eventual rompimento dos recipientes e consequente contaminação da água, com possíveis impactos sobre o meio ambiente e usos múltiplos, incluindo abastecimento público de comunidades ribeirinhas e cidades ao longo do rio”, explicou o Ibama por meio de nota.

As transportadoras responsáveis pelos caminhões foram acionadas para elaborar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) e colaborar na mitigação dos riscos ambientais. Empresas especializadas, como a Sumitomo, já realizam trabalhos de monitoramento e verificação das cargas perigosas no fundo do rio.

*Com informações de Marinha do Brasil

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