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Instituto Municipal Helena Antipoff promove inclusão na Bienal do Livro Rio 2023

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[Foto: Aline / GE]

O Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA), centro de referência em Educação Especial da Rede Municipal da cidade do Rio de Janeiro, marca presença na 21ª edição da Bienal do Livro Rio 2023. O principal encontro literário do Brasil teve início na sexta-feira (01/09) e segue até o dia 10 de setembro, sendo realizado no Riocentro, localizado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

O IHA é um órgão da Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro, responsável pela implementação das ações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Para esta edição, que comemora os 40 anos da Bienal do Livro Rio, o Instituto, que também é responsável pela confecção de materiais e recursos para alunos com necessidades especiais, preparou apresentações de materiais como pincéis e colheres adaptadas, mapas em braille para alunos cegos e outros materiais pensadas para promover a inclusão de alunos na rede municipal de ensino da cidade. Além disso, os profissionais do IHA estarão todos os dias do evento, no stand da Secretaria Municipal de Educação do Rio, a fim de esclarecer dúvidas sobre a atuação do Instituto no âmbito da educação especial da rede.

De acordo com dados fornecidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro, atualmente, cerca de 7.983 alunos estão matriculados na rede municipal de ensino, incluindo crianças, jovens e bebês que apresentam necessidades educacionais especiais. Essas necessidades englobam deficiência visual, retardo mental, condições típicas de síndromes, como o autismo, além de casos de altas habilidades e deficiência física.

A assistente de direção do Instituto Helena Antipoff, Joselli Dantas, falou de sua experiência pessoal como uma das crianças que não recebeu adaptações em sua educação, destacando a importância da inclusão e da variedade de abordagens de aprendizado para atender às necessidades individuais de cada aluno.

“Eu sou uma dessas crianças que não teve nenhum tipo de adaptação na minha escolaridade. Eu tenho 40 anos hoje. Eu entrei no município quando era muito novinha, eu saí de Japeri, porque Japeri não tinha nenhum tipo de questões de adaptação ou inclusão dentro da escola, porque em 1980 nós estávamos no tempo da inserção social, não da inclusão”.

Rosely destacou ainda a importância da inclusão e da variedade de abordagens de aprendizado para atender às necessidades individuais de cada aluno da rede municipal do Rio.

“Hoje, no século XXI, estamos na inclusão, ou seja, hoje o município tem classe domiciliar, classe hospitalar, temos os materiais adaptados para o aluno com deficiência no município”. Ainda segundo ela, a importância da utilização de materiais adaptados permite que todos aprendam “de forma diferente, cada um tem seu tempo, cada um tem sua forma e maneira de aprendizado”.

Educação

Dados da Prefeitura do Rio apontam que cerca de 1.115 professores atuam no atendimento aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais em toda a rede municipal. Ainda de acordo com o governo municipal, os professores recebem treinamentos e suporte para que possam trabalhar com as crianças e adolescentes.

Algumas das modalidades de ensino oferecidas pela prefeitura para os alunos na rede de ensino da Prefeitura do Rio incluem:

  • Classes Hospitalares: abertas em hospitais que tenham convênio com a Prefeitura para atender crianças e adolescentes internados em enfermarias, com o objetivo de proporcionar aprendizado a esses alunos.
  • Classes Especiais: funcionando nas escolas regulares como uma das alternativas de educação inclusiva, onde portadores de necessidades educacionais especiais podem compartilhar com os demais colegas de turma as atividades comuns a todos na unidade de ensino.
  • Salas de Recursos: Na Sala de Recursos, o aluno com necessidades educacionais especiais recebe atendimento, onde são utilizados recursos específicos que supram a necessidade do aluno e busquem auxiliar o incremento do aprendizado. O horário na sala de recursos é diferente do da classe regular.
  • Professor Itinerante: este profissional é responsável por assessorar o trabalho desenvolvido pelo aluno portador de necessidades educacionais especiais que já integra a turma regular de alguma unidade de ensino da rede. Assim, o Professor itinerante acompanha e presta suporte à escola que recebe o aluno, ao professor e também ao responsável.

Todos os alunos podem ser matriculados em uma escola de ensino regular no município, e a partir de então, pe realizada uma avaliação do desempenho escolar, indicando qual a modalidade de atendimento adequada para cada criança ou adolescente.

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