Estudo revela sintomas pós-Covid em 18,9% dos infectados
[Foto: Ilustrativa / Robson Valverde / SES-SC]
Um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde revela que 18,9% das pessoas infectadas pela covid-19 ainda enfrentam sintomas persistentes, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e queda de cabelo. Os sintomas pós-covid são mais prevalentes entre mulheres e indígenas, segundo os dados.
A pesquisa Epicovid 2.0, apresentada nesta quarta-feira (18/12), estima que mais de 28% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas, relataram infecção pela doença.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou a importancia da realização de estudos como estes: “O Epicovid é um estudo amplo e abrangente sobre a doença, mas que não teve continuidade à época em decorrência do negacionismo em relação à ciência e a não disponibilização de dados”, lembrou. “O Ministério da Saúde reconhece a importância da pesquisa e mantém a linha de apoio. Para isso, foram investidos mais de R$ 8 milhões no Epicovid”.
O levantamento destaca uma adesão de 90,2% à vacinação contra a covid-19, com 84,6% completando o esquema vacinal de duas doses. A maior cobertura vacinal foi registrada no Sudeste, principalmente entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.
Apesar disso, a confiança no imunizante é dividida: 57,6% dos entrevistados demonstram confiança, enquanto 27,3% relatam desconfiança e 15,1% se dizem indiferentes. Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% afirmaram não acreditar na eficácia da vacina e 31% temem possíveis efeitos adversos.
Sobre o Estudo
A pesquisa, realizada em 133 cidades e envolvendo 33.250 entrevistas, foi coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com instituições acadêmicas e científicas, como a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Fiocruz e Fundação Getulio Vargas (FGV). Os participantes foram selecionados aleatoriamente, com apenas um representante por residência respondendo ao questionário.
Os resultados reforçam a necessidade de atenção contínua aos impactos da pandemia, especialmente no manejo de sintomas pós-covid e na ampliação de estratégias para fortalecer a confiança na vacinação.
*Com informações de Ministério da Saúde