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Editora proporciona acessibilidade produzindo livros em braille e com fonte ampliada, lançados na Bienal do Livro Rio 2023

[Foto: Richard Souza / GE]

Após o sucesso dos audiobooks, que levam histórias diretamente aos ouvidos dos leitores, a Editora Mostarda busca tornar os livros acessível a um público mais amplo ao lançar, na Bienal do Livro Rio 2023, suas novas obras em Braille e com fonte ampliada.

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população com deficiência em todo o Brasil é estimada em 18,6 milhões de pessoas com 2 anos ou mais, o que representa 8,9% da população brasileira. Entre essas pessoas, a dificuldade de enxergar, mesmo com o uso de óculos, é a segunda mais relatada, representando 3,1% desse grupo. Esses dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD): Pessoas com Deficiência 2022, lançada no mês de julho deste ano em Brasília, Distrito Federal.

As novas obras da Editora Mostarda abrangem várias faixas etárias e estilos literários. Os leitores podem encontrar desde obras infantis até os clássicos da literatura, como Machado de Assis. Além disso, a coleção inclui histórias sobre personalidades, como Nelson Mandela, Barack Obama, Marielle Franco e Michelle Obama.

Os livros são coloridos e ilustrados, e oferecem acessibilidade não apenas nos textos, mas também nas imagens, por meio da inclusão do Braille, possibilitando que pessoas com deficiência visual apreciem a narrativa, e também as ilustrações.

Os visitantes da Bienal do Livro Rio 2023 podem de perto a coleção no da stand da Editora Mostarda, localizado no Pavilhão Laranja do Riocentro, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A Bienal do Livro Rio 2023 teve início em 1º de setembro e seguirá até 10 de setembro.

Braille

O sistema Braille, desenvolvido pelo francês Louis Braille em 1825, desempenha um papel fundamental na promoção da acessibilidade para pessoas com deficiência visual. No Brasil, ele foi oficialmente introduzido em 1854, graças aos esforços de José Álvares de Azevedo, que, sendo cego, aprendeu o Braille na França durante a adolescência.

O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil, baseado em combinações de seis pontos em relevo que representam letras do alfabeto, algarismos, símbolos e muito mais, totalizando 63 combinações diferentes.

O Dia Mundial do Braille, celebrado em 4 de janeiro, destaca a importância desse sistema na vida das pessoas cegas ou com baixa visão e incentiva a reflexão sobre sua contínua relevância.

O dia 8 de abril é uma data especial para o Brasil, pois comemoramos o Dia Nacional do Braille, instituído pela Lei nº 12.266/2010. Essa data visa sensibilizar a sociedade sobre a importância da adoção de políticas inclusivas, principalmente na esfera educacional, em benefício das pessoas com deficiência visual.

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