Desabamento de ponte: Marinha suspende operações subaquáticas no Rio Tocantins
[Foto: Divulgação / Marinha do Brasil]
As buscas por desaparecidos no desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Maranhão e Tocantins, sofreram alterações significativas. A Marinha do Brasil informou nesta quinta-feira (02/01) que os trabalhos subaquáticos com mergulhadores e drones foram suspensos devido à abertura das comportas da usina hidrelétrica do Consórcio Estreito Energia (Ceste). A medida foi tomada para regularizar o volume do reservatório diante do aumento de chuvas na região. “Ao adotar esse procedimento, o Ceste pretende regularizar o volume represado”, disse o Comando do 4º Distrito Naval.
As operações seguem com o uso de embarcações e drones aéreos. Na quarta-feira (01/01), equipes removeram uma picape S-10 submersa a 42 metros de profundidade, mas não encontraram vítimas no veículo. Até o momento, foram confirmadas 12 mortes, com cinco pessoas ainda desaparecidas.
Impactos ambientais
O desabamento, ocorrido em 22 de dezembro de 2024, lançou caminhões-tanque com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas no Rio Tocantins. Monitoramento diário da qualidade da água é realizado pelo IBAMA e outros órgãos ambientais. Segundo informações, até agora, não foram detectadas alterações significativas na água, mas as empresas responsáveis pelas cargas submersas foram notificadas para remover os materiais.
Investigação e reconstrução
A Polícia Federal conduz investigações para apurar as causas do colapso da ponte. Peritos especializados, incluindo engenheiros civis e especialistas em meio ambiente, foram deslocados de Brasília para reforçar a análise no local.
A reconstrução da ponte já foi planejada pelo Ministério dos Transportes. Com um investimento emergencial de R$ 171 milhões, a nova estrutura será mais ampla, com acostamento, ciclovia e melhorias nos acessos. O Consórcio Penedo-Neópolis assumirá as obras, previstas para conclusão até dezembro de 2025.
“A nova ponte terá acostamento, passeio, ciclovia e será 7 metros mais larga que a anterior. Esse valor inclui a demolição da ponte atual, novas fundações e a melhoria dos acessos das duas cidades”, explicou o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Fabrício Galvão.