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Crise política na Venezuela: Posse de Maduro gera conflitos internacionais e internos

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[Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado]

A poucos dias da posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato (2025-2031), a Venezuela enfrenta uma intensa crise política e diplomática, envolvendo acusações, rompimentos de relações internacionais e disputas eleitorais não reconhecidas por parte da oposição e da comunidade internacional.

A decisão do governo paraguaio, liderado pelo presidente Santiago Peña, de reconhecer Edmundo González como vencedor das eleições de 2024 resultou no rompimento de relações diplomáticas com a Venezuela. Peña defendeu publicamente a posse de González, o que foi interpretado por Caracas como uma violação ao princípio de não intervenção nos assuntos internos de outro país.

No cenário internacional, González ganhou apoio de líderes importantes, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente argentino, Javier Milei, que também recebeu o opositor em Buenos Aires. Em Washington, González dialogou com autoridades, incluindo o assessor de segurança de Donald Trump, Mike Waltz, sobre protestos e ações contra o governo de Maduro.

Enquanto isso, o governo venezuelano acusa a Argentina de conspirar contra a estabilidade do país, mencionando supostos planos de assassinato da vice-presidente Delcy Rodríguez e ações desestabilizadoras atribuídas a mercenários de diversas nacionalidades.

Apesar das controvérsias e da ausência de auditorias eleitorais detalhadas, a posse de Nicolás Maduro conta com o apoio de aliados regionais, como o México, que destacou a autodeterminação dos povos, além de representantes da Colômbia e do Brasil, que aguardam convite oficial para enviar delegados.

A crise política também está acompanhada de protestos internos que, desde as eleições, resultaram em dezenas de mortes e milhares de prisões. Recentemente, mais de mil manifestantes foram liberados pela justiça venezuelana.

A posse de Maduro, marcada para o dia 10 de janeiro (amanhã), poderá ocorrer em um ambiente de alta tensão, com oposição prometendo resistência e apoio internacional dividido, enquanto o governo defende a legitimidade do processo eleitoral e exige respeito às suas instituições.

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