Cobertura vacinal contra meningite no RJ está abaixo da meta
[Foto: Aline Souza / GE]
O Governo do Estado do Rio de Janeiro informou que a cobertura vacinal contra a meningite permanece abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em todo o estado. A meningite é uma doença grave, com altas taxas de letalidade e potencial para deixar sequelas severas.
De acordo com a Secretaria de estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) no território fluminense, a cobertura da vacina Meningocócica C está em 61%, significativamente distante da meta de 95%, e abaixo da média nacional, que atualmente alcança 70%. A situação se repete com a vacina Pneumocócica 10, que possui uma cobertura de apenas 69% no estado do Rio, enquanto a média nacional atinge 80%. A vacina Pentavalente, por sua vez, registra coberturas de 72% no Rio e 83% no Brasil.
Um levantamento realizado pela Vigilância Epidemiológica da SES-RJ revelou que, durante o período de 2020 a 2023, que coincidiu com a pandemia da Covid-19 e resultou em subnotificação de várias doenças endêmicas, foram notificados 5.234 casos de meningite no Estado do Rio, com 522 óbitos registrados. Esses números podem ser ainda maiores devido à subnotificação.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação revelam que, somente neste ano, 413 pessoas foram internadas com diagnóstico de meningite, sendo a maioria crianças e adolescentes. A taxa de letalidade da doença no estado do Rio é, em média, de 10% ao ano, segundo a Vigilância Epidemiológica da SES-RJ.
Meningite
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas de meninges. Essa condição pode ser causada por diferentes agentes, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Entre as formas mais comuns e preocupantes estão as meningites virais e bacterianas, devido à sua frequência e potencial de disseminação. Embora qualquer pessoa possa contrair meningite, as crianças menores de 5 anos são mais vulneráveis.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, ou seja, sua presença é constante ao longo do ano, podendo ocorrer surtos e epidemias esporádicas. As meningites bacterianas são mais comuns durante o outono e o inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão.
A transmissão geralmente ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta de indivíduos infectados, sejam eles assintomáticos ou doentes.
