Chuvas no Rio Grande do Sul já deixam 100 mortos e centenas de desabrigados
[Foto: Divulgação / Gustavo Mansur / Palácio Piratini]
O Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia decorrente das fortes chuvas que assolaram o estado ao longo da última semana, deixando um saldo de 100 pessoas mortas. A Defesa Civil estadual está investigando quatro óbitos para determinar se foram causados diretamente pelos efeitos adversos das chuvas, como enxurradas, enchentes, inundações, deslizamentos e desmoronamentos.
Além das vidas perdidas, há um grande número de desaparecidos, totalizando ao menos 128 pessoas em todo o estado. O boletim mais recente da Defesa Civil, divulgado nesta quarta-feira (08/05), aponta que cerca de 1,45 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas em 417 municípios gaúchos.
A situação contabiliza 163.720 desalojados, que buscam abrigo temporário em residências de familiares ou amigos, e 66.761 desabrigados, que se viram sem opção a não ser se refugiar em abrigos públicos municipais. Além disso, ao menos 372 pessoas ficaram feridas.
Mais chuva
As previsões meteorológicas indicam que parte do estado pode enfrentar mais chuvas intensas e fortes rajadas de vento a partir de hoje. O Centro de Hidrografia da Marinha alerta para a possibilidade de ventos de até 88 quilômetros por hora ao longo da faixa litorânea entre as cidades de Chuí, no Rio Grande do Sul, e Laguna, em Santa Catarina.
Diante desse cenário, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta, recomendando que as pessoas resgatadas de áreas afetadas pelas chuvas não retornem aos locais atingidos devido ao solo instável e ao perigo de deslizamentos.
“O solo dessas localidades ainda está instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil.
A tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil, reforçou a importância da conscientização da população sobre os riscos e a necessidade de atender aos alertas e orientações das autoridades locais, especialmente diante das novas chuvas previstas para hoje.
“Em toda situação em que for identificado algum risco para a população, articularemos com o Poder Público municipal para que [as prefeituras] adotem as medidas previstas nos planos de contingências. Às vezes, há uma certa resistência [de parte da população, que não quer sair de casa], mas temos trabalhado para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de não se colocarem em situação de risco e ficarem atentas aos alertas”, informou.