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Casos de dengue dobram no estado de São Paulo nas primeiras semanas de 2025

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[Foto: Rodrigo Nunes / MS]

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (30/01) dados que indicam um aumento expressivo nos casos de dengue no Sudeste, especialmente no estado de São Paulo. Segundo a pasta, o número de registros nas quatro primeiras semanas de 2025 chegou a aproximadamente 100 mil, o dobro do registrado no mesmo período de 2024, quando foram contabilizados cerca de 50 mil casos.

A preocupação das autoridades sanitárias também se estende ao número de óbitos. O estado de São Paulo tem 138 mortes sob investigação, e caso dois terços delas sejam confirmadas, a taxa de mortalidade poderá alcançar um patamar elevado de até 900 casos por óbito.

Enquanto o Sudeste registra aumento de casos, outras regiões do Brasil apresentam cenários distintos. O Norte manteve números semelhantes aos do ano passado, enquanto o Nordeste teve uma leve redução. No Centro-Oeste e no Sul, houve uma queda significativa de casos, impulsionada principalmente pelas reduções no Distrito Federal, Goiás, Paraná e Santa Catarina. Em Minas Gerais, por exemplo, os registros caíram cerca de 85%, passando de 123 mil para 16 mil casos.

Circulação do Sorotipo 3 da Dengue


O Ministério da Saúde atribui parte do crescimento dos casos no Sudeste ao aumento da circulação do sorotipo DENV-3, identificado com maior frequência em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Amapá. Esse sorotipo não predominava no país desde 2008, o que significa que grande parte da população não possui imunidade contra ele.

A dengue possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), e uma pessoa pode ser infectada até quatro vezes, já que a infecção por um deles não gera imunidade contra os demais. A introdução de um novo sorotipo pode causar epidemias, como ocorreu no início dos anos 2000 com a disseminação do DENV-3.

Sintomas da dengue

“Os sintomas da dengue geralmente surgem entre 4 e 10 dias após a picada do mosquito infectado e podem variar de leves a graves. Os sinais mais comuns incluem: 

  • Febre alta de início abrupto;
  • Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos.
  • Dores musculares e nas articulações
  • Diarreia
  • Náuseas e vômitos
  • Dor nas costas
  • Manchas vermelhas na pele (exantema).
  • Conjuntivite (olhos vermelhos)”

Alerta e monitoramento


O Ministério da Saúde reforça a importância da vigilância e do controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Medidas como eliminação de criadouros e campanhas de conscientização são essenciais para conter a disseminação da doença, especialmente diante da circulação de um sorotipo que não predominava há mais de 15 anos no país.

*Com informações de Ministério da Saúde

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